" Os Grupos de Fungos
Zigomicetos (ficomicetos)
São os fungos mais simples, de hifas cenocíticas, que crescem sobre matéria orgânica úmida, especialmente pão velho. Dois desses bolores comuns são Mucor e Rhizopus (bolor preto). Ambos formam um micélio ramificado, com hifas de fixação, chamadas rizóides, absorventes; outras são prostradas e outras, ainda, crescem verticalmente e produzem esporângios nas extremidades.
Os esporos mitóticos são dispersos no ambiente por ruptura da parede do esporângio e germinam sobre novos substratos. O nome do grupo (zigo = par; união de dois + miceto = fungo) refere-se à existência de processo sexual, pela fusão de hifas, que no ponto de contato formam grandes zigotos esféricos, multinucleados.
Saprolegnia é um zigomiceto que decompõe cadáveres de animais aquáticos e se reproduz assexuadamente por zoósporos.
Basidiomicetos
Neste grande grupo incluem-se os fungos mais comuns, de hifas septadas. A partir do micélio subterrâneo desenvolvem-se hifas organizadas, que constituem os corpos de frutificação ou basidiocarpos. Eles têm a forma característica de guarda-chuva e são a parte comestível do conhecido champignon e de outros cogumelos.
Ao lado : duas espécies de fungos, que têm, em média, de 5 a 10 cm, de altura.
Cada basidiocarpo tem, na face inferior, um grande número de lâminas (himênio) dispostas radialmente. Na superfície delas forma-se um grande número de microscópicos basídios, cada um com quatro basidiósporos haplóides, uma vez que a meiose é espórica. O basidiósporo, ao cair no solo rico em substâncias orgânicas, forma um micélio subterrâneo. Quando hifas de dois micélios de origem diferente se encontram (heterotalismo), ocorre a plasmogamia, que é uma reprodução sexuada, com a fusão de células inteiras.
As hifas circundantes são haplóides, mas a partir delas surgem as hifas dicarióticas , que apresentam em cada célula dois núcleos haplóides pareados, lado a lado. O novo micélio produzirá corpos de frutificação nos quais as hifas ainda continuam com os núcleos pareados. Somente no interior dos basídios é que há fusão de núcleos, seguida de meiose, formando-se então os basidiósporos haplóides.
Ocorre, portanto o mesmo tipo de alternância de gerações já descrito para as algas. A fase diplóide (2n) é representada pelo basidiocarpo; a fase haplóide, pelas hifas mais simples, de células mononucleadas. Veja a figura abaixo.
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FONTE : Livro : Júnior, César da Silva ; Sasson, Sezar; BIOLOGIA 2 , CÉSAR e SEZAR ; Editora Saraiva, 8ª edição, São Paulo : 2005 .
BIOLOGIA Newton Almeida