quarta-feira, 11 de julho de 2012

Lixão de Bongaba Recebe Centro de Tratamento de Resíduos

                        Foto Mostra CTR de Bongaba em Condições de Lixão 

         No Jornal O Dia, 10 de julho de 2012, mostram uma foto do Centro de Tratamento de Resíduos - CTR  de Bongaba. 
   Na verdade o que vemos é um  lixão que assoreou completamente um rio. Fiquei curioso sobre o assunto e resolvi pesquisar um pouco. Lembro-me que em 2009 fui visitar um pastor em Magé, a pedido da então Deputada Federal Solange Almeida (minha irmã). Lá estava uma catadora de lixo do Bongaba, que havia organizado uma cooperativa, com apoio da Petrobrás. Eles queriam alguma orientação sobre os equipamentos que haviam recebido da Petrobrás, e sobre como melhorar a gestão da cooperativa. Encontrei com eles numa igreja evangélica, já à noite e após aquele primeiro contato eles não voltaram a ligar.
   Eu (Newton Almeida) tentaria que eles desenvolvessem a transformação dos recicláveis em matérias - primas ou mesmo num produto acabado, como fabricar vassouras a partir dos PET's, ou peletizar os plásticos, ou quem sabe fabricar as telhas recicladas, enfim, simplesmente separar o material, prensar e vender, traz poucos lucros. O  caminho é fomentar a cadeia produtiva, ampliar as atividades da Cooperativa para que através de um trabalho mais especializado venham maiores lucros. 
    O primeiro ponto é saber qual a localização da paisagem da foto, ou o CTR de Bongaba. 

             "                               Bongaba 

   Bongaba é um bairro do Sexto Distrito de Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nesse bairro se localiza o "Lixão de Piabetá", onde é despejado o lixo de toda Magé, o Cemitério de Bongada, a Estação Bongaba e a Primeira Igreja Católica da Região da Baixada Fluminense sem intervenção da Corte portuguesa no século XVII. 

Bongaba fica localizado próxima da BR-116 e do bairro de Piabetá. Sua principal via é a Avenida Santos Dumont - que tem seu início em Piabetá - por onde circula ônibus em direção ao Centro do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Piabetá e o centro de Magé.   "

           (fonte http://wikimapia.org/17605457/pt/Bongaba)   

     Com essas informações iniciais vamos localizar o local através do Google Earth : 

     Na imagem acima temos o estado do Rio de Janeiro, entre Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo  e o Oceano Atlântico (clicando nas imagem ela amplia) .

      Aproximando vemos os município de Magé, ao norte da Baía de Guanabara. Aquele terreno de linhas geométricas, à direita de Magé, em Itaboraí, é o COMPERJ, a nova refinaria da Petrobrás que está sendo construída. 
     E a área em questão, na imagem acima, assinalada pela "mãozinha" ou prompt, o lixão de Bongaba, ou será CTR de Bongaba ?  



   A imagens em questão datam de 03 de janeiro de 2010 (segundo o Google Earth), portanto não são tão antigas . Não há qualquer sinal de um galpão para a triagem dos recicláveis. Não existe qualquer indício de um aterro sanitário, muito menos controlado, é um lixão a céu aberto. Mas, quem sabe alguma melhoria foi realizada de 2010 para cá ? Isso é o que vou pesquisar. 
    O Rio Inhomirim corre bem ao lado desse lixão (veja a mãozinha). Na foto do Felipe Gomes (Jornal O Dia) tem um rio que está escondido pela massa de lixo. Deve ser esse córrego à direita que deságua no Inhomirim. Eu    medi com a ferramente do Google Earth e ele chega a 3 metros de largura, considerável. O Inhomirim tem uns 20 metros de largura  (veja as imagens acima). 

       O lixão tem uns 350 metros por 450 metros de comprimento. Para simplificar, vamos considerar um quadrado de 350 metros de lado, então a área total é de 122500 m² = 12,25 ha (ou uns doze campos de futebol). 
    Amanhã vou continuar a pesquisa. Vamos descobrir o histórico desse lixão e quando iniciaram o processo de remediação e a inauguração do  CTR de Bongaba. Depois vamos tentar conversar com os responsáveis sobre quais medidas estão sendo tomadas. 
    Para mim aterro sanitário não é tecnologia apropriada para o destino final do lixo. Conheci a usina Verde na Cidade Universitária que incinera o lixo, após separação dos recicláveis e gera energia elétrica. Isso sim é uma solução (veja em http://limpezariomeriti.blogspot.com.br/2009/11/usina-verde-tratamento-de-lixo.html). Agora, sem dúvida que um aterro sanitário é muito melhor do que um lixão a céu aberto.