sábado, 15 de janeiro de 2011

A Tragédia da Região Serrana Poderia Ter Sido Evitada ?


    A realidade em que vivemos tenta ser explicada pelas diversas ciências desenvolvidas ao longo de milhares de anos. A saúde de cada um, por exemplo, reporta principalmente à medicina, mas pode-se identificar relação com a psicologia, ou mesmo no ambiente em que cada um vive.
    Podemos perceber o quanto complexo é prever se uma pessoa vai ficar doente. Tantos amigos que conhecemos que não controlam sua alimentação, abusando do álcool, fumando, comendo gordura em excesso, e os anos passam e estão saudáveis. Mas então alguém dirá : imagina se ele se cuidasse, hem ? Realmente existe esse argumento do “ caso se, imagina se, e se .... “ . No futebol é comum ouvirmos “ e se aquela bola que bateu na trave, entrasse no gol, a história do jogo seria diferente” .
    Quem somos nós para prevermos o futuro ? Em todo final de ano alguns programas de televisão se colocam a entrevistar gurus, videntes, paranormais, esotéricos e sei lá o que mais, para as previsões do próximo ano. Algum desses previu que mais 600 pessoas morreriam por conta de chuvas em cidades da região serrana do Estado do Rio de Janeiro ?
    Por mais que o ser humano domine tecnologias construtivas, que invente aviões, que descubra tratamento para as doenças, nós continuaremos sendo reféns das forças da natureza. E se as pessoas não estivessem morando nas encostas dos morros, ou na beira dos rios, ou no sopé dos morros, não teriam morrido. Nesse caso é claro que não. Mas, muitas das vítimas dessa tragédia estavam em casas confortáveis, prédios legalizados, em condomínios de luxo também, como no Vale do Cuiabá, em Itaipava (Petrópolis). Quem poderia dizer que não estavam seguras ? Então não sejamos levianos.
    Planejamento de riscos, exercícios para prevenção a desastres e calamidades são bem vindos. Mas o fato é que a quantidade de chuvas  que atingiram aquela região foi imprevisível ! Qualquer outra cidade teria sofrido com mortes ! 
    O que aconteceu foi uma tragédia climática sem precedentes . Foi como se um terremoto de grande magnitude tivesse acontecido, de maneira inexplicável e surpreendente. Os estudiosos e cientistas irão detalhar isso mais adiante, pois leva algum tempo para a ciência explicar a complexa realidade que nos cerca.
    A hora é de agradecer pela nossa vida saudável, colocar energia na solidariedade aos atingidos pela catástrofe, e lembrarmos que somos humanos, a mercê das forças da natureza.

Fonte das fotos : http://veja.abril.com.br/blog/veja-acompanha/tag/tragedia/
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia no Estado do Rio de Janeiro : RJ : Região Serrana : Chuvas : 500 Mortos

    Muitos programas do rádio e televisão estão  fazendo a cobertura dessa catástrofe climática. Comentários pertinentes estão sendo feitos, análises sobre a ocupação do solo desordenada, crescimento  das cidades, moradias em áreas de risco. Mas apenas um, que eu tenha percebido, ressaltou que pela quantidade de chuvas que caíram não existiria cidade que suportasse, sem que houvesse vítimas. Foi uma catástrofe climática. Contra as forças da natureza ainda somos pequenos e frágeis. Esse único que ressaltou a enorme quantidadede de chuva, sem precedentes, foi o Coronel Roberto Robadey,  Coordenador da Defesa Civil de Nova Friburgo, registrando a informação de 300 mm de chuva em cerca de 36 horas.   
   Nós assistimos, mês a mês, semelhantes tragédias mesmo em países desenvolvidos. Na Austrália , há dez dias atrás chuvas fortes inundaram vastas regiões daquele desenvolvido país, deixando muitos mortos. Nem os Estados Unidos escapam das forças da natureza , basta lembrar de New Orleans e o Furacão Katrina.  
    O número de vítimas é de cerca de  500. Deve ser a maior tragédia climática já ocorrida  no Brasil.
    Podemos trabalhar , e devemos, para diminuir o risco desses fenômenos, mas simplesmente evitá-los ainda não está ao nosso, humano, alcance.  

Como era ( Bairro Campo Grande, Teresópolis)  :
Como ficou :

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tragédia no Estado do Rio de Janeiro : Chuvas : 257 Mortos



 
   Infelizmente aconteceu uma nova tragédia no nosso estado. Não faz nem  um ano em que ocorreu a Tragédia do Morro do Bumba,   no mês de abril de 2010, onde  as fortes chuvas  deixaram mais de 300 mortes em Niterói  e São Gonçalo, principalmente.
   Agora a região serrana é o palco dessa nova catástrofe climática, nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Em Nova Friburgo choveu mais de 300 mm (milímetros) em menos de trinta horas. Uma quantidade de água que foi capaz de transformar a linda cidade de Friburgo numa avalanche de lama e detritos. Lá, em Friburgo, até o momento as autoridades registraram 107 mortes. Em Teresópolis fala-se em 57 mortes.   Ao todo são contadas 257 mortes, segundo divulgado pelo vice-Governador Antônio Carlos Pezão.
    Bairros de bom padrão econômico também foram arrasados. Ruas, prédios, lojas e casas onde nunca parecia ser possível ver essa tragédia acontecer. Frente a tamanho volume de chuvas não existe cidade segura.
    A natureza mostrou sua força na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Agora as forças da Defesa  Civil, Corpo de Bombeiros e voluntários estão lutando para resgatar vidas, lutando contra o tempo. Estou sentindo falta das Forças Armadas. É  importante, é fundamental,  que o Ministro da Defesa convoque as Forças Armadas Brasileiras o quanto antes. Ainda resta tempo para resgatar vítimas.


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Newton Almeida

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Baía de Guanabara em Padrão de Balneabilidade ? Quem Acredita em Papai Noel ?

   Devemos sempre ter um olhar crítico sobre a realidade que nos cerca. Acreditar em Papai Noel parece saudável para o desenvolvimento da criatividade, e capacidade de sonhar, das crianças. E as crianças acreditam no Bom Velhinho, pois ouviram  muito sobre ele. Tais fatos narrados e imagens vistas são mais fortes que a análise crítica da criança.
   Hoje, ao realizar minha rotineira leitura do site do INEA (Instituto Estadual do Ambiente - RJ) me deparei com uma situação que meu senso crítico filtrou : citaram algumas praias da Ilha de Paquetá que encontram-se próprias para o banho, ou em padrão de balneabilidade.
   Eu sinceramente não acredito que isso possa ser possível. Tenho muita vontade de ver a Baía de Guanabara limpa novamente, como quando eu era criança (até 10 anos) e tomava banho de mar na Praia do Flamengo com muito prazer. Eu não acredito mais em Papai Noel. O que vimos de avanço para o saneamento da Baía de Guanabara, de alguns anos para cá, foi a ampliação da ETE (estação de tratamento de esgotos) de São Gonçalo (funcionando precariamente, pela rede de esgoto ínfima existente), ampliação das ETEs do Sarapuí, e  do Alegria, e a dragagem , com aprisionamento do lodo contaminado, no Canal do Cunha (Ilha do Fundão). Não li nada sobre a ampliação do tratamento de esgotos em Paquetá. Será que aconteceu, e isso tornaria possível haverem praias em Paquetá em padrão de balneabilidade ?
   Na praia da Urca, ou Botafogo, e até mesmo Flamengo, eu ainda poderia supor que vez por outra fosse possível que a água da Baía de Guanabara estivesse própria para banho, pois essas praias ficam bem próximas da entrada da Baía de Guanabara e o fluxo de correntes marinhas podem influir, renovando as águas. Mas, a Ilha de Paquetá está a  20 quilômetros de distância da Baía de Guanabara. 
   Fico no aguardo de algum comentário que possa nos explicar como é possível o Papai Noel aguentar esse nosso calor tropical .
   Acima uma imagem mostrando a Ilha de Paquetá .

domingo, 9 de janeiro de 2011

Mancha em Copacabana : INEA : Algas

MANCHA EM COPACABANA NÃO COMPROMETE  BALNEABILIDADE

07/ 01/ 2011  -  INEA
  Fonte da matéria : http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=1105
   A mancha avermelhada vista nos últimos dois dias na praia de Copacabana, no trecho entre os postos 06 e 04 é resultado da presença de fragmentos de macroalgas na água. As algas vermelhas, típicas de costão rochoso, não comprometem a balneabilidade, nem causam qualquer risco à saúde dos banhistas.
  As espécies das Divisões Rhodophyta (espécies Heterosiphonia crispella e Aglaothamnion sp.), e Chlorohyta (espécie Ulva fasciata) ficam fixadas nas rochas entre-marés e, provavelmente, se desprenderam em decorrência das condições de mar agitado (ressaca).
  As algas arribadas costumam ser as mais velhas da comunidade. São de coloração avermelhada e povoam os costões competindo com Ulvas (de coloração verde). Nessa época do ano esse evento é muito comum. 

    Opinião do Newton Almeida
    Eu frequento a Praia das Conchas (ao lado da Praia do Peró) , em Cabo Frio, a uns vinte anos. E, de uns 8 a 10 anos para cá, começaram a aparecer muitas algas (vermelhas) na Praia das Conchas. Penso que é devido ao lançamento de esgotos dos bares/restaurantes na beira da praia.     
    Qualquer leitura básica nos instrui que a proliferação de gigogas (ou aguapés, ou iguapés, dos rios ou de águas salobras) e algas (nas águas salgadas ou doces) acontece pelo lançamento de esgotos. Pois, a concentração de nutrientes (fósforo e nitrogênio)  nos ambientes aquáticos  aumenta, e , assim, essas "plantas aquáticas" se reproduzem em grandes quantidades.
   Portanto, aconselho os banhistas a evitarem praias, rios, lagoas, com muitas dessas plantas, pois são um indicador da presença de esgotos. Mas, nesse mundo em que vivemos aonde é que não existe esgoto ou poluição, não é mesmo ?