Reciclagem : Estado do Rio de Janeiro
A Reciclagem de Lixo no Estado do Rio de Janeiro
Usina de Reciclagem + Aterro Sanitário
+ Coleta Seletiva do Lixo
Usina de Reciclagem + Aterro Sanitário
+ Coleta Seletiva do Lixo
Uma solução para equilibrar a pressão sobre os recursos naturais é a reciclagem. O capitalismo segue seu curso, sempre com voracidade, buscando ampliar o consumo e a velocidade no lançamento de novos produtos. O lado positivo disso é que a emergência do mercado consumidor, a grosso modo significa a ascensão dos mais pobres, distribuição da riqueza, conforme aconteceu no Brasil em últimos anos, de maneira significativa e estimulante.
Ao mesmo tempo em que a avança a incessante busca por novidades no mercado, a busca por produtos que tragam alguma criatividade e que possam trazer lucros às empresas , também avançam investimentos em pesquisas, e isso acaba trazendo tecnologias novas e maior conforto e bem estar a toda a sociedade. Em vez de pregar a diminuição da velocidade no consumo por que não exigir que todos os resíduos sejam efetivamente reciclados ? A reciclagem de 100% dos descartes das atividades humanas representará mais empregos e meio ambiente limpo.
Nosso país tem o que mostrar na atividade da reciclagem, basta focarmos nas latas de alumínio. A reciclagem de latas de alumínio, e mais amplamente a reciclagem de alumínio e metais, é um exemplo de organização da sociedade civil brasileira, ou seja, um processo que se desenrolou sem a intervenção do setor público normatizando ou determinando as ações mediante leis.
Se esse processo aconteceu sem a necessidade da administração, ou planejamento, dos órgãos públicos, sem seguir a consciência ambiental coletiva ou individual, isso aconteceu por força do lucro na reciclagem de um material com valor agregado, existente nas embalagens de bebidas, o alumínio. E ao mesmo tempo, embalagens sem valor não acompanham esse êxito na sua coleta e reciclagem. Portanto, a proibição da utilização de embalagens sem qualquer valor agregado, ou quase nenhum, como as sacolas plásticas de supermercados, seria a medida mais lógica a ser tomada pelos órgãos públicos. E isso foi feito pelo Carlos Minc, Secretário de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, mas frente à pressão popular para a manutenção das sacolas, a lei não pegou. Infelizmente no nosso Brasil as leis ainda tem que passar pelo processo de aceitação social, mesmo depois do exaustivo caminho dentro do labirinto burocrático da administração pública.
O Brasil é o CAMPEÃO DA RECICLAGEM de latas de alumínio desde o ano de 2001, quando ultrapassou o Japão e desde então, ano após ano se mantém o CAMPEÃO MUNDIAL da reciclagem das latinhas. Aqui no Brasil, as latas de alumínio começaram a ser fabricadas em Minas Gerais, no ano de 1989, na cidade de Pouso Alegre, na fábrica da LATASA. Eram latas chamadas de três peças. Mais tarde, as latas passaram a ser produzidas em dua peças, totalmente em alumínio.
No Estado do Rio de Janeiro existem mais de 300 empresas recicladoras de resíduos, empregando cerca de 20 mil pessoas e atingindo a cifra de R$ 2 bilhões de reais em movimentação de dinheiro ao ano, segundo o Sindicato das Empresas Despoluidoras do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (SINDIECO). Porém, muitas empresas, desde micro até grandes empreendimentos, estão com capacidade ociosa. Ou seja, o setor da reciclagem atravessa um período de certa estagnação no Estado do Rio de Janeiro.
Ao mesmo tempo em que a avança a incessante busca por novidades no mercado, a busca por produtos que tragam alguma criatividade e que possam trazer lucros às empresas , também avançam investimentos em pesquisas, e isso acaba trazendo tecnologias novas e maior conforto e bem estar a toda a sociedade. Em vez de pregar a diminuição da velocidade no consumo por que não exigir que todos os resíduos sejam efetivamente reciclados ? A reciclagem de 100% dos descartes das atividades humanas representará mais empregos e meio ambiente limpo.
Nosso país tem o que mostrar na atividade da reciclagem, basta focarmos nas latas de alumínio. A reciclagem de latas de alumínio, e mais amplamente a reciclagem de alumínio e metais, é um exemplo de organização da sociedade civil brasileira, ou seja, um processo que se desenrolou sem a intervenção do setor público normatizando ou determinando as ações mediante leis.
Se esse processo aconteceu sem a necessidade da administração, ou planejamento, dos órgãos públicos, sem seguir a consciência ambiental coletiva ou individual, isso aconteceu por força do lucro na reciclagem de um material com valor agregado, existente nas embalagens de bebidas, o alumínio. E ao mesmo tempo, embalagens sem valor não acompanham esse êxito na sua coleta e reciclagem. Portanto, a proibição da utilização de embalagens sem qualquer valor agregado, ou quase nenhum, como as sacolas plásticas de supermercados, seria a medida mais lógica a ser tomada pelos órgãos públicos. E isso foi feito pelo Carlos Minc, Secretário de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, mas frente à pressão popular para a manutenção das sacolas, a lei não pegou. Infelizmente no nosso Brasil as leis ainda tem que passar pelo processo de aceitação social, mesmo depois do exaustivo caminho dentro do labirinto burocrático da administração pública.
O Brasil é o CAMPEÃO DA RECICLAGEM de latas de alumínio desde o ano de 2001, quando ultrapassou o Japão e desde então, ano após ano se mantém o CAMPEÃO MUNDIAL da reciclagem das latinhas. Aqui no Brasil, as latas de alumínio começaram a ser fabricadas em Minas Gerais, no ano de 1989, na cidade de Pouso Alegre, na fábrica da LATASA. Eram latas chamadas de três peças. Mais tarde, as latas passaram a ser produzidas em dua peças, totalmente em alumínio.
Índice de Reciclagem das Latas de Alumínio (%)
2004
|
2005
|
2006
|
2007
|
2008
|
2009
|
2010
| |
Argentina
|
78
|
88,1
|
89,6
|
90,5
|
90,8
|
92
|
91,1
|
Brasil
|
95,7
|
96,2
|
94,4
|
96,5
|
91,5
|
98,2
|
98
|
Europa
|
48
|
52
|
57,7
|
N/D
|
62,0
|
n.d
|
64,3
|
EUA
|
51,2
|
52
|
51,6
|
53,8
|
54,2
|
57,4
|
58,1
|
Japão
|
86,1
|
91,7
|
90,9
|
92,7
|
87,3
|
93,4
|
92,6
|
Fonte: ABRALATAS
No Estado do Rio de Janeiro a coleta das latas de alumínio tornou-se mais atraente, ou seja as latinhas passaram a ter valor agregado, após a implantação do processo de fundição das latas descartadas, no ano de 1998. O alumínio gerado na fundição do alumínio pós-consumo se chama de alumínio secundário. E a reciclagem das latinhas e de produtos de alumínio em geral, pode ser feita sempre. O material não se altera. A reciclagem do alumínio utiliza 95% menos energia elétrica, e emite menor quantidade de gases de efeito estufa (GEE), do que o processo de produção do alumínio primário, a partir do minério bauxita. Além de evitar os severos impactos ambientais da mineração da bauxita. No Estado do Rio de Janeiro existem mais de 300 empresas recicladoras de resíduos, empregando cerca de 20 mil pessoas e atingindo a cifra de R$ 2 bilhões de reais em movimentação de dinheiro ao ano, segundo o Sindicato das Empresas Despoluidoras do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (SINDIECO). Porém, muitas empresas, desde micro até grandes empreendimentos, estão com capacidade ociosa. Ou seja, o setor da reciclagem atravessa um período de certa estagnação no Estado do Rio de Janeiro.
Como é possível ampliar a reciclagem do lixo no Estado do Rio de Janeiro ? De que maneira fazer com que as empresas / fábricas de reciclagem operem em sua capacidade máxima e possam, ano a ano, investirem mais, a ponto de chegarmos a utopia da reciclagem de 100% do lixo produzido ?
A lata de alumínio alcança o valor médio de R$ 3 reais por quilograma, aqui no Estado do Rio de Janeiro, e pouco mais de 70 latinhas pesam 1 Kg. Portanto cada uma está com valor de quase R$ 0,05 (5 centavos de real). Tudo que tem valor deixa de ser lixo. Então a reciclagem das latas de alumínio, e outros resíduos com alto valor agregado, como o cobre, acontecerá sem a necessidade de planejamento da administração pública.
A solução para a reciclagem do lixo é que o setor público faça com que a LEI 12.305, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, seja cumprida. Fazendo com que cada resíduo esteja pertencente a um grupo de geradores / fabricantes, e portanto a existência desses resíduos no ambiente é prova de que a logística reversa daquele nicho não funcionou. A conta, ou cobrança de providências caberá aquele setor / fabricante. E cada município deve organizar cooperativas de catadores / recicladores , pagando a essas cooperativas pelos serviços prestados na limpeza do ambiente, retornando os recursos economizados com as internações nos hospitais, e também exigindo que os fabricantes apoiem as cooperativas, pois sua logística reversa deveria estar funcionando.
Mas, os municípios não tem dinheiro para isso .... Sempre ouvimos esse tipo de desculpa para que a cidade continue envolta num verdadeiro lixão !
A coisa mais primária, mais básica, é a limpeza. Se nunca falta dinheiro para abastecer os veículos municipais, se não falta dinheiro para manter os ambientes dos órgãos públicos refrigerados, como poderá faltar dinheiro para a limpeza ?
Mas, a coleta seletiva é muito cara .... Sempre lemos isso, é o argumento mais banal para manter o lucro certo dos aterros sanitários nas mãos dos mesmos !
Se o Estado do Rio de Janeiro está avançando no encerramento dos lixões, simplesmente trocando-os por aterros sanitários, e os municípios tem que pagar aos aterros sanitários por tonelada de lixo destinada : o município separando os recicláveis antes de misturar com o lixo orgânico, pagando uma cooperativa para fazer isso, o lixo que vai para o aterro sanitário diminui e o município pagará muito menos pelo seu depósito ! Ou seja, no final, a conta com o depósito do lixo ficará menor. E a quantidade de empregos gerados não será nada desprezível. Ainda mais, cada município pode transformar o lixo orgânico em abudo !
Nada muito difícil. Fizemos em Rio Bonito, qualquer um pode fazer !
Foto abaixo da Usina de Reciclagem de Rio Bonito (2003).
VEJA (siga e leia )
Newton Almeida www.newtonalmeida.com.br