quarta-feira, 11 de abril de 2012

Assoreamento : Dragagem : Rios

              A  Dragagem dos Rios Custa Caro e Dura Pouco ! 

     Estamos no século XXI e ainda insistimos em enfrentar os problemas de maneira emergencial, ou seja, continuamos gastando muito mais dinheiro remediando em vez de agir, rotineiramente, evitando que os problemas aconteçam. O assoreamento dos rios é sinônimo de bagunça generalizada, é sinônimo de que a rotina de coleta de lixo não consegue evitar que os  resíduos cheguem aos rios. E sabemos que a população, em geral, suja mesmo ! Jogam tudo no chão ! Jogam o lixo nos rios que vão sendo transformados  em valões. 
     O assoreamento dos rios é o transporte de materiais particulados, sedimentos, areias, e cada vez mais o lixo, pelas águas do rio, e das chuvas também, das partes mais altas para as mais baixas, até seu ponto de deságue em outro rio, ou lagoa, ou numa baía. Esse material transportado   causa o entupimento do rio.  A Baía de Guanabara  recebe as águas de uns cinquenta rios, que cada  vez mais vem repletos  de esgoto e lixo. Contribuem para o assoreamento a retirada de árvores, o desmatamento, nas nascentes e margens de rios. Sem as matas ciliares o rio perde proteção, fica completamente exposto ao assoreamento, e a fauna silvestre, caso exista, fica impedida de ir ao rio beber água.  
     Todo o  dia os prefeitos solicitam a dragagem dos rios, ao governo do estado, que é  realizada pelo INEA (Instituto do Ambiente, do  Estado do Rio de Janeiro) ou sob sua autorização. Os rios assoreados enchem com facilidade, e colocam a população em risco, como temos acompanhado em inúmeros e trágicos acontecimentos. 
    Observo que a dragagem de um rio tem efeitos muito curtos, talvez por conta do ciclo econômico que nosso Brasil passa, mas não temos um ciclo de  desenvolvimento social. A população empregada  (que bom que o nível de empregabilidade está batendo recordes) consome mais e gera-se mais lixo. As prefeituras parecem que não ampliam, não investem, mais em seus sistemas de limpeza, e a população não tem paciência, não tem educação, e joga tudo nos rios. Então, de novo lá vão os prefeitos  atrás do Governo do Estado pedir nova dragagem do rio. 
        
             ANTES  (30 de junho de 2011, BR 101,  Itaboraí / RJ, pouco antes do Guaximdiba)

                                 DEPOIS  (10 de abril de 2012, mesmo local )
<a href="http://limpezariomeriti.blogspot.com"> clique aqui e veja o MEIO AMBIENTE do RIO de JANEIRO – Newton Almeida </a>
                                 Em apenas nove meses o rio já está de novo assoreado ! 

      Na dragagem a máquina, ou draga,  tem que abrir espaço na margem do rio, destruindo as matas ciliares, e o bota-fora é depositado ali, mesmo, pertinho do leito do rio (veja foto abaixo,  Newton Almeida - dragagem do Rio Imboassu, dia 08 de março de 2012). O correto seria retirar o bota-fora, mas isso vem sendo raro, pois se torna mais oneroso. 
<a href="http://dinheironaminhaconta.blogspot.com">Prosperidade : Lei da Atração : Newton Almeida</a>
    Numa chuva intensa, fenômeno cada vez mais comum, o bota-fora (material que foi retirado do rio pela máquina) é conduzido de novo para dentro do rio, talvez não totalmente, mas em quantidade significativa.   Além disso, se um período de aquecimento  global está em curso,  como afirmam quase todos cientistas, a vegetação cresce mais rapidamente, contribuindo para assorear novamente o rio. Me  refiro à vegetação que cresce no leito do rio, dentro do rio, pois os regimes hídricos estão anormais, pela perda das nascentes e impermeabilização do solo, fazendo com a maior parte dos dias a vazão do rio seja um filete, e o capim e a vegetação rasteira crescem praticamente dentro do rio. Se as matas ciliares estivessem nas margens do rio, isso não  aconteceria, porque a sombra das árvores impediria o crescimento desse capim. 
      Temos que inovar ! Contratar trabalhadores braçais para dia a dia, chovendo ou fazendo sol, irem limpando suas margens, protegendo as matas ciliares e desassoreando os rios. Quanto dinheiro seria economizado evitando doenças como a dengue, quanto dinheiro seria investido no próprio município empregando pessoas que lá moram ! A areia retirada pode facilmente ser vendida para a construção civil ! 
     Trabalho semelhante funcionou em Itaboraí, quando o secretário  municipal do meio ambiente era o Roberto Salles, por volta de  2002, com a Cooperativa de Tiradores de Areia, a CETAÍTA. A cidade do  Rio de Janeiro tinha o Programa Guardiões de Rios, na COMLURB, que consistia na limpeza rotineira, desassoreando rios urbanos, mas isso acabou ! 
     

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