Reino : Protoctista : Protista : Biologia
" Introdução
O termo protoctista é aceito por muitos biólogos pelo fato de desvincular a idéia de organismos unicelulares. Apesar desta ter sido, no início, uma característica básica do reino Protista, ele acabou incluindo grupos de seres pluricelulares, alguns de organização bem complexa. Não cabe aqui, no entanto, uma preocupação com discussões mais profundas sobre classificação.
Para facilitar o estudo desse reino, optamos por uma simplificação extrema, reunindo seus filos em protoctistas autótrofos unicelulares (algas simples), autótrofos pluricelulares (algas pluricelulares) e heterótrofos (protozoários). Estes últimos tiveram suas antigas classes elevadas à categoria de filos. Observe a tabela abaixo :
Protoctistas autótrofos Filo crisófitas (diatomáceas)
unicelulares (algas simples) Filo pirrófitas (dinoflagelados)
Protoctistas autótrofos Filo clorófitas
pluricelulares Filo feófitas
(algas pluricelulares) Filo rodófitas
(algas pluricelulares) Filo rodófitas
Filo gamófitas
Protoctistas heterótrofos Filo rizópodes
(protozoários) Filo actinópodes
Protoctistas heterótrofos Filo rizópodes
(protozoários) Filo actinópodes
Filo foraminíferos
Filo zooflagelados
Filo apicomplexos
Filo cilióforos
Não é necessário memorizar detalhes de todos os grupos e filos desse reino, basta saber caracterizar os três grupos principais, conhecer sua importância e seus principais representantes. Didaticamente, podemos continuar falando em algas simples, algas pluricelulares e protozoários, que são termos usuais e abrangentes, sem nos preocuparmos com detalhes sobre cada um dos filos relacionados.
A Caracterização dos Protoctistas
Os protoctistas são eucariontes, uni ou pluricelulares. Suas células apresentam, portanto, um núcleo típico, com membrana, além de mitocôndrias e sistema golgiense. Os autótrofos têm plastos (cromatóforos), com vários pigmentos fotossintetizantes. As paredes celulares têm diferente composição, podendo ser de celulose, pectina ou sílica. Na maioria, a locomoção é feita por flagelos e cílios (undulipódios), com estrutura de microtúbulos (9 + 2).
O tipo de reprodução mais comum é a assexuada, por bipartição em diferentes planos do corpo celular. Há também a reprodução sexuada; neste caso, os gametas se movem por pseudópodes e flagelos. Nas algas pluricelulares há ciclos vitais complexos, com reproduções sexuada (por gametas) e assexuada (por esporos).
Os protoctistas vivem nos mais variados meios aquáticos e terrestres, estes de preferência bem úmidos. Muitas espécies vivem em associações de mutualismo e parasitismo.
Protoctistas Autótrofos Unicelulares
São as algas simples, na maioria planctônicas, que merecem destaque pela importância nos ecossistemas aquáticos, nos quais constituem a base da teia alimentar. Através da fotossíntese, são responsáveis pela liberação de grandes quantidades de oxigênio na atmosfera.
O filo pirrófitas (pirro = fogo + fita = planta) tem espécies na grande maioria marinhas, planctônicas, de formas variadas. As células têm paredes rígidas, de placas bem definidas, formadas especialmente por celulose; seus dois flagelos lhes dão um movimento de rotação, por isso, outro nome do grupo é dinoflagelados (dino = rotação).
Nos plastos há, além da clorofila, pigmentos vermelhos-vivos. É por isso que, em certas épocas do ano, quando há uma exagerada proliferação de certas especies planctônicas, as águas marinhas costeiras mostram o fenômeno das marés vermelhas. Nele, as algas liberam na água altas taxas de fortes toxinas, que podem provocar a morte de peixes, moluscos e outros animais marinhos. Acumulando-se no corpo desses animais, que compõem as cadeias alimentares, as toxinas podem chegar ao ser humano em altas concentrações, causando intoxicações às vezes mortais.
O filo crisófitas (criso = dourado + fita = planta), também chamado diatomáceas, é rico em espécies no plâncton marinho e nos sedimentos do fundo, em águas doces. É incrível a beleza de suas formas geométricas e a variedade de complexos desenhos, em relevo, existentes por forte impregnação de sílica, são compostas de duas metades bem encaixadas e recebem o nome de frústula. Nas espécies de forma circular, elas são exatamente como as duas metades das placas de Petri. Pelo espaço entre as metades pode ser expelida a água, o que promove a lenta locomoção da célula.
As diatomáceas não tem flagelos e no citoplasma existem cromatóforos dourados e gotículas de óleo; estas, além de reserva energética, facilitam a flutuabilidade.
Em algumas regiões, as frústulas depositadas no fundo dos mares durante milênios deram origem a um tipo especial de rocha sedimentar bem leve e porosa, microgranulada, o diatomito. Ele tem largo emprego como material abrasivo para polimento fino, creme dental, lixas especiais, filtros de piscinas e até como mistura para fabricação de explosivos.
Acima - Fotomicrografia de diferentes espécies de diatomáceas. Elas medem, em média, 0,05 mm .
Protoctistas Autótrofos Pluricelulares
Pela tendência atual de desconsiderar o grupo dos protistas, que apenas incluía seres unicelulares, e substituí-lo por protoctistas, que também inclui seres pluricelulares, os biólogos colocam neste reino as algas mais complexas, classificadas em três filos: as clorófitas (verdes), as feófitas (pardas) e as rodófitas (vermelhas). No entanto, alguns biólogos ainda as classificam como vegetais.
As algas pluricelulares não representam uma categoria taxonômica, um grupo de classificação. São, isto sim, um termo genérico, mais amplo, que reúne organismos cujo corpo é o chamado talo, de formas variadas, desde simples filamentos a largas ou longas lâminas, ramificadas ou não, sem uma diferenciação em raízes, caules e folhas. Por isso, ainda podemos manter a denominação de talófitas para essas algas pluricelulares.
As algas podem ser encontradas em barrancos úmidos e até fixas em cascas de árvores; neste caso, são comuns as espécies de cor laranja. No entanto, elas predominam no meio aquático, em água doce e nos mares. Existem espécies fixas sobre rochas submersas, ou livres, nos sedimentos do fundo, ou ainda flutuantes. Nestas últimas, os talos possuem muitas vesículas arredondadas, cheias de ar, caso das feófitas (algas pardas) e dos gêneros Fucus e Sargassum. O sargaço flutua livremente em mar aberto, em grandes massas, favorecendo a fixação, a proteção e a reprodução de um grande número de espécies de animais marinhos. Outras feófitas, dos gêneros Macrocystis e Laminaria, atingem metros de comprimento. Em Nereocystis, uma das maiores, os talos são lâminas que chegam a 100 metros de comprimento.
Os talos das feófitas podem apresentar uma estrutura interna complexa, com longos tubos de paredes transversais perfuradas, para a passagem de soluções, que se assemelham aos vasos condutores das plantas.
Nos costões rochosos, na zona das marés, podem ser vistas extensas camadas de algas com talos de cores variadas. Uma das clorófitas (algas verdes) mais comuns é a Ulva, de talos largos, conhecida como alface-do-mar. Merecem ainda destaque as rodófitas (algas vermelhas), muitas das quais apresentam incrustações de calcário nas paredes celulares, o que lhes confere boa resistência ao embate das ondas.
Os dois critérios básicos para a classificação das algas são o tipo de reprodução e os tipos de pigmentos presentes nos plastos. Todas as algas possuem pelo menos a clorofila a, mas a predominância dela, das xantofilas (amarelas) ou de outros pigmentos é que determina a cor dos talos nos três grupos.
Acima - Alface-do-mar (talos de 10 a 20 cm de comprimento; clorófita).
Acima - Sargaço (talos de 20 a 30 cm de comprimento; feófita).
Acima - Alga vermelha calcária (talos de 10 cm de comprimento; rodófita). "
Filo apicomplexos
Filo cilióforos
Não é necessário memorizar detalhes de todos os grupos e filos desse reino, basta saber caracterizar os três grupos principais, conhecer sua importância e seus principais representantes. Didaticamente, podemos continuar falando em algas simples, algas pluricelulares e protozoários, que são termos usuais e abrangentes, sem nos preocuparmos com detalhes sobre cada um dos filos relacionados.
A Caracterização dos Protoctistas
Os protoctistas são eucariontes, uni ou pluricelulares. Suas células apresentam, portanto, um núcleo típico, com membrana, além de mitocôndrias e sistema golgiense. Os autótrofos têm plastos (cromatóforos), com vários pigmentos fotossintetizantes. As paredes celulares têm diferente composição, podendo ser de celulose, pectina ou sílica. Na maioria, a locomoção é feita por flagelos e cílios (undulipódios), com estrutura de microtúbulos (9 + 2).
O tipo de reprodução mais comum é a assexuada, por bipartição em diferentes planos do corpo celular. Há também a reprodução sexuada; neste caso, os gametas se movem por pseudópodes e flagelos. Nas algas pluricelulares há ciclos vitais complexos, com reproduções sexuada (por gametas) e assexuada (por esporos).
Os protoctistas vivem nos mais variados meios aquáticos e terrestres, estes de preferência bem úmidos. Muitas espécies vivem em associações de mutualismo e parasitismo.
Protoctistas Autótrofos Unicelulares
São as algas simples, na maioria planctônicas, que merecem destaque pela importância nos ecossistemas aquáticos, nos quais constituem a base da teia alimentar. Através da fotossíntese, são responsáveis pela liberação de grandes quantidades de oxigênio na atmosfera.
O filo pirrófitas (pirro = fogo + fita = planta) tem espécies na grande maioria marinhas, planctônicas, de formas variadas. As células têm paredes rígidas, de placas bem definidas, formadas especialmente por celulose; seus dois flagelos lhes dão um movimento de rotação, por isso, outro nome do grupo é dinoflagelados (dino = rotação).
Nos plastos há, além da clorofila, pigmentos vermelhos-vivos. É por isso que, em certas épocas do ano, quando há uma exagerada proliferação de certas especies planctônicas, as águas marinhas costeiras mostram o fenômeno das marés vermelhas. Nele, as algas liberam na água altas taxas de fortes toxinas, que podem provocar a morte de peixes, moluscos e outros animais marinhos. Acumulando-se no corpo desses animais, que compõem as cadeias alimentares, as toxinas podem chegar ao ser humano em altas concentrações, causando intoxicações às vezes mortais.
O filo crisófitas (criso = dourado + fita = planta), também chamado diatomáceas, é rico em espécies no plâncton marinho e nos sedimentos do fundo, em águas doces. É incrível a beleza de suas formas geométricas e a variedade de complexos desenhos, em relevo, existentes por forte impregnação de sílica, são compostas de duas metades bem encaixadas e recebem o nome de frústula. Nas espécies de forma circular, elas são exatamente como as duas metades das placas de Petri. Pelo espaço entre as metades pode ser expelida a água, o que promove a lenta locomoção da célula.
As diatomáceas não tem flagelos e no citoplasma existem cromatóforos dourados e gotículas de óleo; estas, além de reserva energética, facilitam a flutuabilidade.
Em algumas regiões, as frústulas depositadas no fundo dos mares durante milênios deram origem a um tipo especial de rocha sedimentar bem leve e porosa, microgranulada, o diatomito. Ele tem largo emprego como material abrasivo para polimento fino, creme dental, lixas especiais, filtros de piscinas e até como mistura para fabricação de explosivos.
Protoctistas Autótrofos Pluricelulares
Pela tendência atual de desconsiderar o grupo dos protistas, que apenas incluía seres unicelulares, e substituí-lo por protoctistas, que também inclui seres pluricelulares, os biólogos colocam neste reino as algas mais complexas, classificadas em três filos: as clorófitas (verdes), as feófitas (pardas) e as rodófitas (vermelhas). No entanto, alguns biólogos ainda as classificam como vegetais.
As algas pluricelulares não representam uma categoria taxonômica, um grupo de classificação. São, isto sim, um termo genérico, mais amplo, que reúne organismos cujo corpo é o chamado talo, de formas variadas, desde simples filamentos a largas ou longas lâminas, ramificadas ou não, sem uma diferenciação em raízes, caules e folhas. Por isso, ainda podemos manter a denominação de talófitas para essas algas pluricelulares.
As algas podem ser encontradas em barrancos úmidos e até fixas em cascas de árvores; neste caso, são comuns as espécies de cor laranja. No entanto, elas predominam no meio aquático, em água doce e nos mares. Existem espécies fixas sobre rochas submersas, ou livres, nos sedimentos do fundo, ou ainda flutuantes. Nestas últimas, os talos possuem muitas vesículas arredondadas, cheias de ar, caso das feófitas (algas pardas) e dos gêneros Fucus e Sargassum. O sargaço flutua livremente em mar aberto, em grandes massas, favorecendo a fixação, a proteção e a reprodução de um grande número de espécies de animais marinhos. Outras feófitas, dos gêneros Macrocystis e Laminaria, atingem metros de comprimento. Em Nereocystis, uma das maiores, os talos são lâminas que chegam a 100 metros de comprimento.
Os talos das feófitas podem apresentar uma estrutura interna complexa, com longos tubos de paredes transversais perfuradas, para a passagem de soluções, que se assemelham aos vasos condutores das plantas.
Nos costões rochosos, na zona das marés, podem ser vistas extensas camadas de algas com talos de cores variadas. Uma das clorófitas (algas verdes) mais comuns é a Ulva, de talos largos, conhecida como alface-do-mar. Merecem ainda destaque as rodófitas (algas vermelhas), muitas das quais apresentam incrustações de calcário nas paredes celulares, o que lhes confere boa resistência ao embate das ondas.
Os dois critérios básicos para a classificação das algas são o tipo de reprodução e os tipos de pigmentos presentes nos plastos. Todas as algas possuem pelo menos a clorofila a, mas a predominância dela, das xantofilas (amarelas) ou de outros pigmentos é que determina a cor dos talos nos três grupos.
Acima - Alface-do-mar (talos de 10 a 20 cm de comprimento; clorófita).
Acima - Sargaço (talos de 20 a 30 cm de comprimento; feófita).
Acima - Alga vermelha calcária (talos de 10 cm de comprimento; rodófita). "
BIOLOGIA Newton Almeida
FONTE : Livro : Júnior, César da Silva ; Sasson, Sezar; BIOLOGIA 2 , CÉSAR e SEZAR ; Editora Saraiva, 8ª edição, São Paulo : 2005 .
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