quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estado do Rio de Janeiro : Tratamento de Água


                           O   Tratamento de Água no Estado do Rio de Janeiro 

   Após sediar o Império, o Rio de Janeiro tornou-se a capital do país, com o status de Distrito Federal, que se prolongaria até l960, quando o centro de decisões políticas do Brasil mudou-se para Brasília. Foi capital do Brasil Colônia a partir de 1763, capital do Império Português na época das invasões de Napoleão, capital do Império do Brasil, e capital da República até a inauguração de Brasília, na década de 1960. A partir dessa data, o Rio passou a ser o Estado da Guanabara, ou GB. Do outro lado da baía, Niterói era a capital do Estado do Rio de Janeiro, com pouco mais de 60 municípios.
Eram duas as empresas de saneamento básico da Guanabara :  Esag, Empresa de Saneamento da Guanabara, responsável pelos esgotos, e Cedag, Companhia Estadual de Águas da Guanabara, cuidando do abastecimento de água. 
    Em 1975, essa nova mudança no mapa político tornaria Guanabara e Rio de Janeiro num só Estado, como até hoje. A fusão determinou a integração das empresas de saneamento dos dois lados, juntando Cedag, Esag e Sanerj, esta última a responsável pelos serviços de água e esgotos do território fluminense. E assim nasceu a CEDAE, naquele mesmo ano.  Atualmente o Estado do Rio de Janeiro, com seus 43.696,054 quilômetros quadrados,  possui 92 municípios e tem população de 15.989.929 (quase dezesseis milhões)
 de habitantes (IBGE , 2010 ) . 
   No início da década de 50, o contínuo crescimento das demandas de água da cidade do Rio de Janeiro, levou à captação das águas do rio Guandu, que  já recebia as águas dos rios Paraíba, Piraí, Ribeirão das Lajes, Poços e Santana. Em 1951, iniciou-se um planejamento para suprir as necessidades de água até 1970 e o manancial escolhido foi o rio Guandu, com uma capacidade de 1,2 milhões de litros por dia. O projeto inicial acabou se estendendo e , ao invés de terminar no Reservatório do Engenho Novo, a adutora foi prolongada até a Zona Sul, no Reservatório dos Macacos, onde entrou em operação no ano de 1958. Nesta época, havia o ideal de abastecer 7,5 milhões de pessoas no ano de 2000 e, por este motivo, em 1966 foi inaugurada a segunda adutora do Guandu, a Adutora Veiga Britto, com a entrada em operação da Elevatória do Lameirão, considerada a maior estação subterrânea do mundo.
   Em Niterói, no ano de 1954, entrou em carga o sistema de captação do Canal de Imunana com tratamento na ETA (estação de tratamento de água) do Laranjal (localizado em São Gonçalo na fronteira com Itaboraí) para uma vazão de mais de 500 litros por segundo. O Canal de Imunana veicula as vazões de contribuição dos rios Guapiaçu e Macacu, conduzindo-as à calha natural do rio Guapimirim. As características físicas, químicas e bacteriológicas da água desse manancial, com base nos resultados de análises e exames efetuados, demonstraram a necessidade de tratamento completo para a sua potabilização.
    Em 1961 a administração pública teve de recorrer a um empréstimo externo para realizar obras, através de um contrato de, aproximadamente, 90 milhões de dólares com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Várias obras de construção de reservatórios foram feitas com este recurso e criou-se a Companhia Estadual de Águas da Guanabara (CEDAG). O Governo do Estado concedeu a CEDAG, a partir de 1966, o direito de cobrar as contas de água. A CEDAG remodelou seus reservatórios, substituiu tubulações, montou seu cadastro próprio de consumidores, equipou-se com computadores da mais alta tecnologia para aquele momento e iniciou a implantação da telemetria em seu controle do sistema adutor. Até o ano de 1975, a CEDAE conseguiu superar seus problemas, ocupando o lugar da Empresa de Saneamento do Brasil mais avançada.
    Veio a fusão dos Estados e das três empresas, que faziam saneamento na área do novo Estado do Rio de Janeiro. A partir daí houve uma liberação de 1,9 bilhões de cruzeiros destinados a obras de água e esgotos em todo o Estado.
Situação após a fusão
  DUQUE DE CAXIAS – Recebeu uma nova rede de águas e elevou a quantidade de água ofertada de 100 para 350 litros por segundo;
  NILÓPOLIS – Passou a ser abastecido pelo Sistema de Lajes, liberando água para o município de São João de Meriti que antes o abastecia;
  NITERÓI E SÃO GONÇALO – Ganharam aumento de oferta pelo sistema Imunana e organização da malha distribuidora;
  MIGUEL PEREIRA – Teve construída sua Estação de Tratamento;
  MUNICÍPIOS DO INTERIOR (Bom Jesus do Itabapoana, Itaperuna, Miracema, Santo Antonio de Pádua, Duas Barras, Campos dos Goytacazes, São Fidélis, Macaé, Piraí, Teresópolis) – Tiveram suas redes de abastecimento modernizadas;
  REGIÃO DOS LAGOS – O trabalho começou do zero. A água da região era adquirida da Álcalis, que vendia um volume de água para a SANERJ, que por sua vez tentava distribuir para Cabo Frio e Araruama. Com a criação da CEDAE, foram construídas a Estação de Tratamento da Lagoa de Juturnaíba, as adutoras, troncos e redes de distribuição com novas ligações.
   No ano de 1982 foi efetuado um projeto piloto de saneamento da Baixada Fluminense, Zona Oeste do Rio de Janeiro e São Gonçalo. No ano de 1985, ficou pronto o Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, com alcance até o ano de 2010.
  A maior empresa pública responsável pelo serviço de tratamento e distribuição da água, no Estado do Rio de Janeiro, é a CEDAE (Companhia Estadual de Água e Esgotos) . O preço cobrado pelo serviço de fornecimento de água é de cerca de R$ 1,50 / m³ , e a CEDAE atende a 62, dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro.  
  A principal estação de tratamento de água do Estado do Rio de Janeiro é a ETA Guandu, que trata pouco mais de 43 mil litros por segundo. A ETA  Guandu capta as águas do Rio Guandu, no município de Nova Iguaçu. O Rio Guandu era um pequeno rio até 1950, quando foi construída uma represa no Rio Paraíba do Sul para a geração de energia elétrica, e cerca de 40% de suas águas são bombeadas para o Rio Guandu, a fim de garantir o abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro .
     Se o Rio Guandu é fundamental para a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, a Lagoa de Juturnaíba, localizada em Silva Jardim e Araruama,  abastece com suas águas a bela região dos Lagos (Cabo Frio, Araruama, São Pedro da Aldeia, Silva Jardim,   Arraial do Cabo, Iguaba Grande, Saquarema). A Prolagos é a concessionária responsável pelos serviços de saneamento básico dos municípios de Cabo Frio, Búzios, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande e pelo abastecimento de água de Arraial do Cabo. Em 12 anos de busca incessante pela melhoria da qualidade dos serviços prestados à população, a Prolagos aplicou R$ 300 milhões em saneamento. Ampliou e construiu estações de tratamento de água e aumentou a rede de distribuição. Hoje, a Prolagos fornece água potável para 91% da população da área urbana (em 1998 este índice era de 30%).
     Eu (Newton Almeida) vejo com bons olhos as propagandas educativas que alertam para o desperdício da água, como fechar a torneira na escovação dos dentes, diminuir o tempo de duração do banho, lavar carros com balde em vez de utilizar mangueira. Mas, o importante mesmo é manter as “ fábricas de água “ , os mananciais. Pois, o consumo da água é cobrado na conta, e portanto os usuários procuram evitar o desperdício. E para a manutenção dos mananciais a atitude principal é plantar árvores . A cobertura arbórea é fundamental para a manutenção do ciclo hidrológico. Outro ponto importantíssimo é o tratamento do esgoto e a erradicação dos lixões .    

     fonte : http://www.cedae.com.br/raiz/002002.asp  ;  http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro  ; http://www.prolagos.com.br/publico/quemsomos/bemvindo.php 

1 Comentários:

Às 9 de setembro de 2011 às 21:05 , Anonymous Maurício Ruffino dos Santos disse...

Newton, parabéns pelo excelente trabalho, descobri fatos importantissimos sobre as estações de tratamento d'águas. Acompanho sempre o seu blog.

 

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