quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Crime Ambiental : Angra dos Reis : Estado do Rio de Janeiro

     Mais da metade da Ilha Grande, em Angra dos Reis, região sul do Estado do Rio de Janeiro ,  faz parte do Parque Estadual da Ilha Grande, que é o segundo maior parque insular do Brasil .  Nessa região foi flagrado um crime ambiental : 

       A Secretaria de Estado do Ambiente embargou, hoje (31/08/2011), uma obra que era realizada  para ampliar a área da propriedade do espólio do bicheiro Castor de Andrade, morto em 1997, e administrada por sua filha, Carmen Lúcia de Andrade, na Enseada do Saco do Céu, em Ilha Grande. Para expandir a mansão, foi desmatada uma grande área de Mata Atlântica além de aterrar mangue, o que configura crime ambiental. A filha do contraventor será multada em até R$ 1 milhão além de responder criminalmente.


      A ação para combate a crime ambiental, coordenada pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), da Secretaria de Estado do Ambiente,  teve apoio de fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Batalhão de Polícia Florestal e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).


      As equipes chegaram ao local em embarcações e helicóptero da Polícia Civil para checar denúncia de um possível incêndio criminoso na APA (Área de Proteção Ambiental) Tamoios, onde está inserida a Enseada Saco do Céu, na noite de ontem (30/08). 


    “Para expandir a mansão, a proprietária desmatou cinco hectares de Mata Atlântica. Além disso, ela estava aterrando área de mangue para expandir a propriedade. Levantamento da polícia revela que a intenção era construir ali um hotel ou até mesmo um cassino”, explicou José Maurício Padrone, chefe da Cicca.


   Para não levantar suspeita, os criminosos atuavam na obra durante a madrugada. Mas, na noite desta terça-feira, eles fizeram queimadas no local, o que chamou a atenção dos fiscais que atuam no Parque Estadual de Ilha Grande. 
                 ( Fonte :        http://www.rj.gov.br/web/sea/exibeconteudo?article-id=593910 ) 



     É muito legal saber da atenção do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através dos órgãos gestores das suas políticas ambientais, a SEA (Secretaria de Estado do Ambiente) e o INEA (Instituto Estadual do Ambienta)  com a fiscalização da Mata Atlântica .  Mas , eu (Newton Almeida) também fico  na dúvida   se não  é o contrário, ou seja se houve atraso nesse flagrante  :  deu tempo de destruírem cinco hectares da preciosa Mata Atlântica e aterrarem áreas de manguezal. 
       Para recuperar a degradação levará alguns anos, pois os projetos de reflorestamento levam diversos anos para recompor o ambiente anterior, e é claro que a biodiversidade   não será ressuscitada.  
       Em Rio Bonito , no caso específico do Rio Bacaxá, nós  reflorestamos cerca de 1 quilômetro de mata ciliar e somente após oito anos  é que as árvores alcançaram tamanho considerável e  podem se manter sem a necessidade de maiores cuidados (não há mais necessidade de cercar para evitar o pisoteio do gado, por exemplo) .  Vejam as fotos abaixo do  ANTES e  DEPOIS  

  
                           ANTES  (Rio Bacaxá - Rio Bonito / RJ  em 2003 )


                 DEPOIS  ( Rio Bacaxá - Rio Bonito / RJ em 30 de janeiro de 2.011) 


   Portanto a  fiscalização forte e dinâmica, assim como a organização de  equipes para o combate de incêndios florestais, diminuem, ou até mesmo evitam, os danos e isso acaba  saindo muito mais econômico do que desenvolver, mais tarde,  projetos de recuperação ambiental . A população, que percebe a rápida ação dos órgãos de fiscalização, reconhece o trabalho bem feito  e auxilia mais, telefonando para alertar  sobre crimes ambientais em curso .  

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