sábado, 19 de outubro de 2013

Usina de Reciclagem de Rio Bonito - Período 2000 a 2004 - Capítulo 2

DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

DESCRIÇÃO GERAL DO MUNCÍPIO DE RIO BONITO / RJ

Rio Bonito foi desmembrado dos municípios de Silva Jardim e Araruama através da LEI 381, de 07 de maio de 1846, que emancipou o município, e em 01 de outubro de 1846 foi eleito seu primeiro Prefeito.

Tem uma área de aproximadamente 463,3 Km² e uma população de 49.500 habitantes, segundo o último CENSO IBGE do ano de 2.000.

O município possui três distritos, Rio Bonito, Boa Esperança e Basílio, e faz fronteira com os municípios de Tanguá à leste, Cachoeiras de Macacu e Silva jardim ao norte, Araruama ao oeste e Saquarema ao sul.

A área alterada pela agricultura representa 30% da área total do município. A malha rodoviária é boa, com facilidade de deslocamento para o Rio de Janeiro e demais áreas da região. Rio Bonito também é servido por ramal da antiga malha ferroviária da Rede Ferroviária Federal, hoje sob responsabilidade da Concessionária Ferrovia Centro – Atlântico, transportando apenas cargas.

As condições de saneamento do município são satisfatórias, mas ainda não existe estação de tratamento dos esgotos urbanos, ficando esse tratamento a cargo de fossas e filtros residenciais, previsto pelo Código de Obras do Município.

ASPECTOS FÍSICOS DO MUNICÍPIO DE RIO BONITO/RJ

A sede municipal está localizada em uma altitude de 62 metros, com coordenadas geográficas LATITUDE SUL 22° 42’ 30’’ e LONGITUDE OESTE 42 ° 37’ 34’’. As principais características físicas são descritas a seguir.

CLIMA DO MUNICÍPIO DE RIO BONITO / RJ

Fatores de ordem geográfica, tais como posição, maritimidade, continentalidade e topografia, aliados aos de ordem dinâmica, como circulação geral da atmosfera condicionam o clima de uma região. Na bacia da Baía de Guanabara, área intertropical, entre a montanha e a planície, existe uma grande diversidade de regime de chuvas e temperaturas. As temperaturas variam extremamente. Nas baixadas são mais elevadas, ultrapassando 40°C no verão, enquanto nas partes altas podem chegar a 6°C no inverno. A média anual é 24ºC na baixada e 20°C nas serras.

Da mesma forma, a precipitação pluviométrica é também bastante variável, quando comparada às áreas de baixada ( média anual em torno de 1.000 mm ) com as áreas altas, onde podem ultrapassar precipitações de 2.200 mm.

A precipitação média anual na Serra do Mar é superior a 2.000 mm, enquanto que nas faixas baixas é da ordem de 1.000 a 1.500 mm.

A associação relevo – altitude é responsável pelo aumento da turbulência do ar, ao mesmo tempo em que a ascendência orográfica atua no sentido de resfriá-lo e, conseqüentemente, provoca a saturação do vapor d’água causando, assim, os freqüentes nevoeiros, neblinas e chuvas orográficas nos contrafortes da Serra do Mar e da Mantiqueira; fenômeno que em Rio Bonito é causado pela Serra do Sambê.

O resfriamento adiabático forçado, além de provocar aumento de precipitações, ameniza as temperaturas. Em média, a cada 100 metros de ascensão forçada em baixas latitudes, a temperatura cai entre 0,5 a 1°C.

Além da análise dos fatores estáticos que influenciam o clima da Baía de Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro como um todo, deve-se entender os fatores dinâmicos, isto é, o estudo das massas de ar.

Pode-se afirmar que o Estado do Rio de Janeiro está submetido, ao longo do ano, aos ventos de Leste e Nordeste, que sopram do Anticiclone Semi-fixo do Atlântico Sul. Esse centro de Alta Pressão Subtropical é responsável pela manutenção das temperaturas médias em patamares mais ou menos elevados, altos índices de umidade relativa e tempo bom – geralmente associado ao céu limpo, azul e livre de nebulosidade.

Várias correntes, sobretudo aquelas provenientes do Sul, perturbam a circulação atmosférica normal e, conseqüentemente o tempo descrito acima. As correntes perturbadas de sul, representadas pela invasão do anticiclone polar são responsáveis pelos fortes temporais de verão, freqüentes nas regiões serranas. Também podem estacionar sobre a região, provocando longos períodos de chuvas.

O município de Rio Bonito está localizado em região classificada como de clima Tropical Quente ( temperatura média superior a 18°C ), sub – tipo úmido ( 1 a 3 meses secos ) e semi – úmido ( 4 a 6 meses secos ).

A maior freqüência dos ventos é de Sul-Sudeste para Norte-Nordeste em praticamente todos os meses do ano, ou seja, do litoral para o interior.


ASPECTOS DA HIDROGRAFIA DO MUNICÍPIO DE RIO BONITO/RJ

O relevo e o clima são os principais fatores a influir na hidrografia, respondendo não só pelo regime dos rios, mas também pelo perfil longitudinal dos mesmos e pela disposição e forma das bacias hidrográficas.

O município de Rio Bonito está situado entre as bacias hidrográficas da Baía de Guanabara e do Rio São João, que são as Macro – Regiões Ambientais Nº 1 e Nº 4, respectivamente, de acordo com divisão do Governo do Estado oficializada pelo Decreto Estadual 26.058 de 14 de março de 2.000.

Os principais corpos d’água do município pertencem à Bacia do Rio Caceribu que tem uma área de 846,7 km². O Rio Caceribu ( com 15,1 km de extensão ) tem como contribuintes o Rio Guaraí-Mirim, o Cachoeiras, o córrego do Tambicu, o Rio dos Duques e o Rio Bonito, dentre outros.

O Rio Caceribu e seus tributários são enquadrados na Classe 2, conforme a Resolução CONAMA 20 / 86, a qual classifica as águas segundo seus usos. Sendo assim, esses rios tem suas águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, à proteção das comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, à irrigação e à criação de espécies destinadas à alimentação humana.


GEOLOGIA DO MUNICÍPIO DE RIO BONITO / RJ

No município de Rio Bonito destacam-se as rochas de idades Pré-Cambrianas e Quaternárias. O Pré-cambriano é representado pelo compartimento tectônico denominado Faixa Serra dos Órgãos que ocorre na parte central do Estado, com topografia bem acidentada, abrangendo toda a escarpa da Serra do Mar, desde Parati ( próximo à Ilha Grande ) até as proximidades de São Fidélis, com cotas variando desde 2.000 metros até o nível do mar. Compõe-se de migmatitos, gnaisses bandados, gnaisses dominantemente tonalíticos, gnaisses granitóides, granitos, metatexitos e kinizigitos.

O Quaternário pode ser dividido em dois ambientes deposicionais : sedimentos fluviais e sedimentos litorâneos. Destacam-se os sedimentos fluviais que correspondem a depósitos de planície de inundação, canais fluviais, leques aluviais e tálus. Como parte desses sedimentos destacam-se a Formação Macacu e a Formação Caceribu.

VEGETAÇÃO E USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE RIO BONITO / RJ

Segundo dados da Fundação CIDE ( Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro ) – IQM VERDE ( Índice de Qualidade dos Municípios Verde ) do ano de 2.000, Rio Bonito possui 20,7% de seu território coberto por Floresta Ombrófila Densa, com 0,5% de formações pioneiras, 33,0% de vegetação secundária, 1,4% de áreas urbanizadas, 4,8% de áreas agrícolas, 39,3% de pastagens, 0,3% de área degradada ( devendo estar aí incluída a área do vazadouro de lixo, área de 28.067,63 m² ) e 0,1% de afloramento rochoso. Por possuir 20,7% de remanescentes da Mata Atlântica, notadamente nas áreas de encostas das serras e em seus topos e vertentes mais altas, o município de Rio Bonito ocupa o 25º lugar do estado, figurando Parati em 1º lugar com 88,8% de sua área total ocupada por Mata Atlântica.


















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Newton Almeida

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