sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Água : Canal Saúde : Newton Almeida : Entrevistado

    Dia 25 de abril de 2012 eu (Newton  Almeida)  participei do Programa do Canal Saúde (Ligado em Saúde) sobre a água. Foi uma conversa informal sobre esse recurso natural mais importante que tive com a apresentadora Marcela Morato. A estrutura do estúdio é excelente, me senti muito  bem, pois todos são profissionais muito capacitados. 
    A  quantidade de água no mundo é constante, mas ao longo  de milhões de anos, ela varia significativamente, pois, por exemplo, há uns 20 mil anos atrás a quantidade de gelo era muito  maior. Embora a maior parte da superfície terrestre seja coberta de águas, as águas doces, rios e lagos,  próprias para o consumo humano chegam a menos de 0,3 % do volume total disponível (a maior parte está aprisionada nas calotas polares e nas neves eternas em montanhas como os Andes, Rochosas, Himalaia, Alpes, e cerca de 25% são águas subterrâneas).
    A  quantidade total de água do mundo  seria suficiente para todos os sete bilhões de seres humanos, mas o desafio é conduzir a água até todos, e somente uns trinta países do mundo são considerados desenvolvidos e possuem sistemas de abastecimento de água para toda a sua população. 
    Segundo a ONU hoje no mundo perto de 1 bilhão e duzentos milhões de humanos não têm água suficiente para suprir suas necessidades. E conforme o consumo de água aumenta, em maior proporção que o crescimento populacional, as preocupações para a falta de água no mundo tem total razão. Além da facilidade de contaminação dos mananciais existentes, já que a água é o chamado solvente universal, pelas inúmeras fontes de poluição crescentes no mundo moderno. 
    Nosso Brasil possui situação muito confortável, com mais de 12% das reservas de água doce, com destaque para a bacia  Amazônica, e o imenso reservatório de água subterrânea, o Aquífero  Guarani.  Porém, ainda temos até uns 10% de todos os brasileiros sem acesso a sistema  de água tratada, algo em torno de 20 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE, mas eu penso que o número seja maior, pois basta verificar o número de favelas no Brasil.  No Nordeste Brasileiro, onde a situação é pior, o Programa 1 milhão de cisternas, de captação e armazenamento da água  de chuva,  já implantou mais de 300 mil cisternas, fazendo dele um exemplo para o mundo. Além disso, a transposição das águas do Rio São  Francisco avançam e com elas haverá um desenvolvimento  merecido daquela região. 
     Em exemplo semelhante, de que os problemas de carência  de água podem ser superados pela engenhosidade humana é o de  Israel, pequeno país assentado numa região semi-desértica,  que abastece de alimentos a sua população, proporcionando mais de 95% de todos alimentos consumidos no país, e conseguindo exportar, gerando divisas. Israel efetuou significativo reflorestamento em seu território para evitar o assoreamento e ao mesmo tempo em que aumentou a recarga freática  diminuiu a salinidade aflorante. A otimização  da água é  feita por cuidadoso controle da irrigação, diretamente nas raízes dos cultivares, e a renda auferida pelo desenvolvimento  das técnicas agrícolas é justamente distribuída no famoso modelo cooperativista dos Kibutz.
    Portanto, a questão da água do mundo é emblemática e passa pelo desenvolvimento humano em geral, lembrando que à medida que as famílias melhoram a sua renda, a taxa de natalidade consequentemente cai, aumentando indicadores de saúde e educação. 
    A solução para os problemas mundiais é a distribuição da renda, que pode ser entendida como uma melhor divisão  dos recursos naturais existentes na Terra, e a água dessa forma também alcançará a todos que dela se privam atualmente.
   Dividir a renda é uma concepção antagônica ao capitalismo atual, mas estamos vendo o excelente  exemplo dos últimos anos no Brasil, e recentemente o  Presidente Obama tentando aprovar uma lei  de imposto sobre grandes fortunas, lá no berço do capitalismo. 
    Poderíamos, Governo e Povo brasileiro, armazenar alguns bilhões de litros em navios tanque, na foz do Amazonas, antes que se misture ao Oceano Atlântico e levar para países que literalmente estão morrendo de sede, como a Líbia, por exemplo, seria o programa Bolsa Água para o Mundo . 
    Assista à entrevista do Newton Almeida, no Canal Saúde, da Fundação  Oswaldo  Cruz , do dia 25 de abril de 2012 : http://www.canal.fiocruz.br/video/index.php?v=agua

0 Comentários:

Postar um comentário

Obrigado por participar !

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial