quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SISTEMA DE ALERTA DE CHEIAS : Tragédias Climáticas

                               O INEA  AMPLIA  O  SISTEMA DE ALERTA DE CHEIAS    

    O final do ano é um período muito animado do ano, com o Natal valorizando os laços familiares e os sentimentos de confraternização, o aniversário de nascimento do líder maior Jesus . Em seguida, a virada do ano (com os espetaculares fogos de artifício, muito bonitos, porém irritantemente barulhentos) fazendo com que todos pensem nas suas atitudes e planejem melhorar para si próprios, para suas famílias, enfim, melhorar para o mundo.
   O preocupante, nesse período, são as catástrofes ambientais ou climáticas, que ainda no Brasil ocorrem de maneira menos trágica, em comparação com outros países, como por exemplo na região sul da Ásia, perto da Indonésia, quando em dezembro de  2004 um único  tsunami levou mais de trezentas mil vidas de uma só  vez . Mas, ano após ano, percebemos que o nosso Brasil de “ berço esplêndido” começa a se perturbar com as alterações na superfície da Terra, que nós humanos implantamos . A  natureza no Brasil não é a mesma tão aconchegante quanto a décadas passadas. No ano passado ocorreu a pior tragédia climática do Brasil, no nosso bonito estado do Rio de Janeiro, na sua região serrana, nos municípios de Petrópolis, Friburgo e Teresópolis, principalmente, com deslizamentos de encostas e enchentes deixando cerca de mil mortes em conseqüência de chuvas de intensidade  completamente fora do comum.
     Nesse verão de 2011 / 2012 o estado de Minas Gerais sofre pelas chuvas constantes e intensas, com cerca de dez mortes e umas 20 mil pessoas desalojadas. Em efeito cascata, os Rios Pomba e Muriaé, que correm de Minas Gerais para o estado do Rio de Janeiro causam prejuízos para a região norte e noroeste. Ficamos assistindo impotentes e sensibilizados com essas famílias que já começam o ano de maneira trágica.
    Na região sul do Brasil, em Santa Catarina, novamente, ventos tão fortes como o de ciclones destelharam casas e chegaram a virar caminhões, repetindo o que aconteceu no ano passado. E no Rio Grande do Sul, uma intensa chuva de granizo deixou prejuízos econômicos aos produtores rurais da Serra Gaúcha, destruindo as videiras. Lá, em conseqüência  do fenômeno climático  La Niña, os agricultores lutam contra uma estiagem que se prolonga desde novembro de 2011 .
   Essas tragédias ambientais continuarão acontecendo, principalmente pela grande densidade demográfica nas margens dos rios e encostas, situação mais acentuada na região sudeste do Brasil. São milhões de brasileiros que vivem em áreas de risco e a única solução definitiva é o reassentamento dessas famílias para lugares seguros. A curto prazo,  a acomodação dessas populações não acontecerá, pelo menos nos próximos quinze anos. Portanto, temos que desenvolver respostas preventivas que diminuam as mortes.
   No dia 03 de janeiro de 2012 o INEA ( Instituto Estadual do Ambiente ), órgão executor das políticas ambientais do Estado do Rio de Janeiro disponibilizou um ferramenta nova aperfeiçoando o Sistema de Alerta de Cheias : a divulgação dos dados em tempo real na internet . Os indicadores de quantidade de chuvas e nível dos rios, monitorados 24 horas por dia por estações telemétricas, podem ser acessados nas redes sociais, como o facebook  ( http://www.facebook.com/pages/Alerta-INEA/136494276459610 ) , o twitter ( @alertadecheias )  e no site  http://inea.infoper.net/inea/ .  O Sistema de Alerta de Cheias funciona  desde 2009, ou mesmo antes disso, e vem sendo ampliado, contando hoje em dia com 54 estações telemétricas de monitoramento.  
   O sistema informa quatro tipos de alertas :  1-  Vigilância (situação estável, sem chuvas ou chuvas fracas e esparsas e nível normal dos rios)  ;  2 -  Atenção  (previsão de ocorrência de chuvas moderadas a fortes ) ;  3- Alerta (registro de chuvas intensas e níveis dos rios acima do normal) ;  4- Alerta Máximo (chuva intensas e persistentes, com rios em 80% do nível de transbordamento) .  Os alertas também são disparados por  email’s  e mensagens de celular para os gestores das Defesas Civis,  lideranças e voluntários.  Eu (Newton Almeida) fiquei pesquisando o site do Sistema de Alerta de Cheias do INEA  e gostei muito, pois é simples e fornece informações dos níveis acumulados de chuvas, previsão para o dia seguinte, e o nível dos principais rios (que historicamente costumam encher) do Estado do Rio de Janeiro.  Minha única crítica é que o sistema não informa especificamente quais são os rios monitorados. Por exemplo, na Estação Tanguá, pelo mapeamento, o rio monitorado é o Caceribu, após o encontro com o Rio Bonito , na altura do bairro Bandeirantes I , mas o sistema  não  informa qual rio é monitorado.
      Esse sistema, Sistema de Alerta de Cheias do INEA,  é uma boa notícia nesse início de ano, e torcemos para que nossas autoridades continuem se esforçando para  que vidas sejam preservadas e para que os recursos dos impostos, provenientes do nosso  “suado trabalho” ,  sejam distribuídos por critérios justos e técnicos e não puramente político/eleitorais.  

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