quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ilha do Fundão : Dragagem Canal do Cunha : Universidade Federal do Rio de Janeiro : Baía de Guanabara

 




       A Ilha do Fundão era um arquipélago de oito ilhas que foi aterrado, na década de 1950, para a construção da Cidade Universitária . Nessa ilha artificial, portanto, fica o principal campus da Universidade Federal do Rio de  Janeiro . 









      A Ilha do Fundão tem problemas graves e ao mesmo tempo em que é palco de avanços tecnológicos. A degradação ambiental do entorno, uma das regiões mais poluídas da Baía de Guanabra,  contrasta com bons exemplos como a Usina Verde (incineração de lixo, com usina  de segregação de recicláveis e geração de energia elétrica) , o ITCP (Incubadora tecnológica de Cooperativas Populares), o  CENPES  - PETROBRÁS (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello),  e tantas outras empresas de ponta  junto aos projetos da COPPE (Instituto Alberto  Luís  Coimbra de pós-Graduação) .



       Eu (Newton Almeida) dei umas voltas pela Ilha do Fundão, no dia 07 de maio de 2011, e tentei conhecer de perto a dragagem do Canal do  Cunha (ou Canal do Fundão) : projeto custeado pela Petrobrás (medida compensatória) de uns R$ 200 milhões de reais.
      Eu não consegui chegar perto, pois a área é toda cercada e o portão estava devidamente fechado. Entrei no mangue ao lado : só visualizei uma máquina trabalhando (amarela), vejam a foto ( ao fundo é a estação de Tratamento de Esgoto do Caju).
        Até que não havia muito lixo no manguezal, mas não encontrei vestígio algum de caranguejos .  Deve ser por conta da poluição. Dizem que a incidência  de metais pesados é alta no entorno do Canal do Cunha, e que o acúmulo de sedimentos tem relação com uma pedreira na  Serra da Misericórdia , no Complexo do Alemão. Os sedimentos  retirados pelas dragas ficam encapsulados em colchões que deixam passar a água, num processo de filtragem, e aprisionam os sedimentos contaminados ;  os colchões ficarão eternamente na Ilha do Fundão .

        A praia, de frente para a Ilha do Governador,  tem uma vista muito bonita, e até que não estava tão suja, em se tratando da Baía de Guanabra.


 
       Imaginem isso limpo ! Que maravilha deveria ser antes da degração ambiental ?  Algum leitor conheceu essa região antes de ser pouída ?  Já nadou nessas águas ?
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Fonte das fotos : Newton Almeida (07 demaio de 2011)
Fonte da primeira  imagem :  www.riodejaneiro.vilablog.com     

   Newton Almeida


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4 Comentários:

Às 10 de janeiro de 2012 às 01:42 , Anonymous Clebson disse...

Eu já porém faz muito tempo. Em 1985 quando eu tinha 6 anos, até inicio dos anos 90 as aguas eram bem menos poluidas. Entretanto moradores mais antigos falavam que já foram bem melhores. Hoje em dia o local e deserto.

 
Às 10 de janeiro de 2012 às 01:43 , Anonymous Clebson disse...

É uma pena, pois a paisagem da baia de guanabara do local e linda!

 
Às 23 de fevereiro de 2012 às 17:20 , Anonymous Blog Aba Pai disse...

Não só nadei nessas águas na década de 80 quanto pesquei de caniço e de tarrafa, juntamente com meus primos que vinham de Taubaté. Um feito que nunca esqueço foi quando um pescador jogou uma tarrafa num cardume de sardinhas e a rede veio repleta de peixes, parecia uma arvoré de natal. Parei de frequentá-las quando frequentemente tinhámos a companhia de alguns coliformes fecais e defuntos desovados pela bandidagem próxima da ilha.

 
Às 30 de agosto de 2013 às 19:47 , Blogger vindealmei disse...

A degradação da Baía da Guanabara é o resultado de uma ocupação de solo que beira ao desastre, como é o caso de todas as ocupações humanas nas inúmeras áreas metropolitanas em torno de Capítais de Estado, no Brasil. A grosso modo, 80% da população do Estado do Rio De Janeiro (hoje, ano 2003 de 16,3 milhões de hab.), ou seja, cerca de 13 milhões , se concentra no entorno da Baía da Guanabara, assim como mais de 80% das atividades econômicas estão aí concentradas. É dito que se, como hipótese de raciocínio, cessassem as atividades humanas no seu entorno, em cerca de 5(cinco) anos - o que parece um absurdo - a poluição existente se reduziria em 90%. O esforço de pensar, agir e gastar para a despoluição da Baía, exige muito da colaboração da população e do nível de sua informação de como se forma a poluição através da ação nociva da população humana ao seu redor.

 

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