domingo, 25 de agosto de 2013

Prefeitura do Rio Multando : Lixo no Chão : Multa ou educação ambiental ?

    Muita gente falando sobre a nova da Lei da Prefeitura de Rio de Janeiro que deflagrou a fiscalização e as multas aos que jogam lixo no chão . Os valores vão desde R$  157,oo , caso sejam lançados ao chão resíduos pequenos, como palitos, papéis, guimbas de cigarro, etc. até chegar ao valor de R$ 3.000,oo  , quando são despejados resíduos em grande quantidade, por um caminhão por exemplo. 
    Eu me lembro quando trabalhei no Projeto de Limpeza do Rio Pavuna - Meriti, em 2010, e certa vez, um senhor disse-me energicamente : " meu filho não adianta ficar limpando um pouquinho de lixo aqui e ali, tem que usar a CHIBATA !  Chibata neles " .  E continuamos com as ações de limpeza e encontros de educação ambiental, e a velocidade com que se limpava era menor do que a velocidade com que sujavam. Alguma coisa avançou, toneladas de lixo foram retiradas do rio, também uns 1.500 pneus, mas a população continuou sujando.
    Aquele senhor tinha a razão. Mas, no caso a chibata é a multa. 
    As pessoas multadas estavam sob o olhar  das lentes da Rede Globo, na segunda-feira, e eram entrevistadas pelo André Trigueiro, imagens que foram ao ar à tarde e à noite, no Jornal Nacional.  Então, pareciam bem à vontade com a atitude de jogar o lixo no chão, mas bastante contrariadas ao receberem o boleto da multa, impresso no mesmo momento, pelos guardas municipais. Um senhor multado, explicou-se que não joga o cigarro na lixeira presa ao poste, com medo de propagar algum incêndio. Mas, basta apagar a fumacinha da morte na sola do sapato, ou na plaquinha de metal que está na lixeira para isso mesmo. 
     Fiquei contente com a novidade dessa lei da Prefeitura do Rio de Janeiro e também pensativo. A educação ambiental, a conscientização de nada valem ? Toda solução passa por mecanismos que façam dar valor ou então cobrar multas ?  Sempre o dinheiro é mais forte ?  A chibata venceu a educação ?  Como eu sou um gestor público, já estou planejando iniciar algo semelhante em minha cidade. Os recursos públicos tem que ser otimizados e a fiscalização com multas parece muito eficaz e bem econômica. 

Newton Almeida

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