quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vassoura PET : Aterro de Lixo de Rio Bonito

* Postagem do dia 30 de outubro de 2009  , transferida de outro blog do Newton Almeida *



     Os funcionários da Secretaria Estadual do Ambiente são muito unidos. Sempre estão realizando festas para a confraternização. No carnaval passado eles desfilaram no Bloco Escravos do Ambiente. Quem incentivou isso foi o Minc, no tempo em que estava à frente da secretaria, e agora a Secretária Marilene Ramos mantém esse hábito.
  No final de setembro de 2.009 , acho que foi dia 22, aconteceu a Festa da Primavera no estacionamento do INEA / SEA, Avenida Venezuela nº 110, no Rio de Janeiro . Eu estava lá com a Lourdes ajudando com a arrumação, e conheci a Artista Plástica Cristina Silva, moradora de Nova Iguaçu. Ela estava expondo seus trabalhos na festa, umas peças reaproveitando garrafas PET, em forma de peixes, bolsas, tudo muito bonito. Me lembrei do trabalho em PET feito pelo Eduardo DURO'S, de Tanguá. Mas, o que me chamou a atenção mesmo, foram as vassouras feitas de garrafas PET. O acabamento é muito bom. Cristina me disse que são utilizadas 12 garrafas para fazer uma vassoura. O Geraldo Caboclo, que também estava lá, lembrou que a extração da piaçava está levando as palmeiras à extinção.

Leia abaixo :

" Piaçava é um nome de origem tupi que significa “planta fibrosa” e tem sido usado para designar pelo menos três espécies diferentes de palmeiras nativas do Brasil, cujas fibras servem para a confecção de vassouras. No Acre, na região do vale do rio Juruá, ocorre uma dessas espécies. Cientificamente conhecida como Aphandra natalia (Balslev & Henderson) Barfod, as fibras foliares desta palmeira têm sido tradicionalmente utilizadas para a produção artesanal de vassouras pelas comunidades de seringueiros, ribeirinhos e indígenas daquela região. Em outras regiões do Brasil o uso de fibras de palmeiras para a produção artesanal e industrial de vassouras, escovas, capachos, cordas, espanadores e outros utensílios de uso doméstico é uma importante atividade econômica. Embora muitas palmeiras nativas produzam fibras com potencial para aproveitamento artesanal e industrial, apenas a piaçava da Bahia (Attalea funifera) e a piaçava do Amazonas (Leopoldinia piassaba) são exploradas e têm suas fibras regularmente comercializadas no mercado brasileiro.
   A produção nacional de fibra de piaçava tem girado em torno de 95.100 toneladas anuais e sua comercialização movimenta valores que variam entre R$ 119 e 124 milhões a cada ano (IBGE, 2002; 2003). O mercado interno consome 94,4% de toda a produção nacional e o restante é exportado por preços que variam entre U$ 2,8 e 3 mil por tonelada (Novaes, 1988). Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os maiores consumidores nacionais e monopolizam a distribuição da fibra semi beneficiada (em fardos de 60kg) para indústrias localizadas em outras regiões do país.
   A espécie produtora mais importante do Brasil é a piaçava da Bahia, que responde por cerca de 90% da produção nacional. Esta só ocorre naturalmente na região nordeste do Brasil, nos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas (Henderson et al., 1995). Entretanto, quase toda a produção de piaçava desta região é oriunda da Bahia, tendo como principais pólos produtores os municípios de Cairu, Nilo Peçanha e Ilhéus. A produção, no entanto, tem diminuído nos últimos anos porque as populações naturais da espécie estão sendo, gradativamente, destruídas pelos desmatamentos ilegais (Moreau, 1997). " Fonte : Evandro J. L. Ferreira – Doutor em Botânica pela City University of New York e o The New York Botanical Garden, Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA, Núcleo de Pesquisas do Acre, BR 364, km 4, Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre, CEP 69.915-900, Rio Branco-AC, Brasil. 
evandroferreira@yahoo.com

  Alguém inventou as vassouras de fibras PET em vez de piaçava e cada vez mais seu uso vem crescendo. Ainda é difícel encontrar vassouras PET nos supermercados, mas é questão de tempo. A Cristina Silva me disse que já vendeu 300 vassouras para a FIOCRUZ, mobilizando mão-de-obra de nove pessoas. Vale ressaltar que elas duram mais que as vassouras comuns.




ANTES ( JULHO 2.001 )

















DEPOIS ( AGOSTO 2.003)









   Quando eu fui Secretário de Meio Ambiente de Rio Bonito tive a idéia de usar pneus para drenar os gases do aterro sanitário de lixo (veja fotos acima). O comum é a utilização de tubulões de ferro, muito caros. Adaptamos o uso de pneus, bastando furar a banda de rodagem para o fluxo do gás (predominantemente o metano) e empilhar a quantidade de uns dez a quinze, dependendo da profundidade da célula de lixo. Conseguíamos dar um destino aos pneus e economizávamos recursos públicos. Também usamos muitos pneus para fazer meio fio.

   Esse é o paradigma : transformar o lixo em matéria prima.

    Quem quiser falar com a Cristina Silva :
             pedepet@bol.com.br (21) 2619-4148 8287- 3994

Newton Almeida 

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