quinta-feira, 11 de julho de 2013

SUSTENTABILIDADE : Usina Verde : Tratamento do Lixo

* Postagem do dia 05 /12/2009, transferida de outro blog do Newton Almeida *









Com o objetivo de mostrar uma tecnologia para tratamento de lixo, que vem crescendo nos países desenvolvidos, mas ainda em fase inicial no Brasil, no dia 21 de outubro ( quarta-feira ) de 2.009, visitei a Usina Verde, local do tratamento dos resíduos coletados pelo projeto Baía Limpa . A Usina Verde localiza-se na Ilha do Fundão (Avenida Carlos Chagas Filho nº 791, CEP 21941-904) dentro da Fundação Bio Rio, que abriga empresas privadas voltadas para a pesquisa de novos produtos e tecnologias . O Geraldo Caboclo e o Diogo foram comigo.
Ao chegar lá, às 10:00, fomos atendidos pelo Engenheiro Jorge Nascimento, Gerente da Usina Verde. O local é todo cercado, tem guarita com vigia, muito limpo e bonito. Não há urubus ou moscas. Boas instalações distribuídas na área total de 5.000 m², constando de refeitório, banheiros feminino e masculino, recepção, sala da gerência, sala de controle, e área das instalações da Usina, a maior parte coberta.
Todos os recursos investidos na implantação e funcionamento / manutenção da Usina Verde são privados, e seu início foi em 2.001 com a reunião de todos os sócios elaborando o projeto inicial. Já no ano de 2.004 a usina estava concluída e iniciaram os testes da queima do lixo. No ano de 2.005 foi expedida a Licença de Operação da FEEMA. Sua capacidade é de incinerar 30 toneladas por dia, gerando algo em torno de 800 KWatt de energia elétrica ao dia. A base da tecnologia é das usinas de incineração da Alemanha, mas o Corpo Diretor societário afirma que a tecnologia Usina Verde é brasileira, pois existem diferenças em equipamentos que foram desenvolvidos ( 3 patentes de invenção ), devido às características dos resíduos sólidos no Brasil, com grande parcela de orgânicos, o que não ocorre na Alemanha.
  A fumaça proveniente do forno sempre sai branca, mostrando um primeiro sinal de ausência de particulados, dioxinas e furanos. Existe um monitoramento por sensores eletrônicos e também manual, dos gases emitidos (segundo Jorge Nascimento, basicamente vapor d’água ) .





  O complexo é muito bonito, conta com cerca de 30 funcionários.  Todos usavam equipamento de segurança completo. A Cooperativa de Catadores COOPAMA (afiliada à FEBRACOM) é contratada da Usina Verde, e mantém cerca de 20 cooperados trabalhando diariamente. Além dos resíduos provenientes do Projeto Baía Limpa, a Usina Verde incinera o lixo trazido pela COMLURB do Caju. Ao lado temos uma cooperada da FEBRACOM auxiliando no transporte do lixo pela esteira rolante do silo de recepção. O lixo passa pelo tambor rotativo de facas para desagregar os sacos de lixo e facilitar na catação manual, para a retirada de metais e objetos muito grandes, como caixas de madeira, que podem obstruir a entrada do forno . A temperatura do forno atinge cerca de 1.000 °C , não podendo ficar abaixo de 820 °C, segundo normas da legislação.










  A sala de controle (abaixo) mostra a qualidade da Usina Verde e dá impressão de total segurança . 

   O interior do forno de incineração é monitorado por câmeras de vídeo . Tudo é monitorado por sensores eletrônicos que remetem os dados para essa sala. Todos os ambientes são climatizados, com exceção da área de recepção e transporte do lixo. Nos ambientes internos não há odores de lixo. Não existem moscas.



  Muito importante em todo o processo é o conjunto de forno, caldeira e gerador de enrgia elétrica, além da turbina.

















  Os gases percorrem longo caminho até serem expelidos nas chaminés . Devido à grande quantidade de matéria orgânica presente no lixo, eles têm de ser neutralizados, pois contém ácido clorídrico e sulfúrico. A sua temperatura também tem que ser controlada .


















   Para isto é necessária uma torre de resfriamento (acima) . Os tanques de decantação retiram as cinzas da água de neutralização e resfriamento.
   As cinzas são descarregadas por esteira rolante e representam 10% da quantidade do total de lixo que entrou . Na concepção do projeto essas cinzas serão aproveitadas para fabricação de artefato de cimento ou de cerâmica (tijolos, blocos e telhas) ou na mistura de massa asfáltica. Atualmente elas são levadas pela COMLURB para o aterro de Gramacho.














  Na última foto abaixo, da esquerda para direita :

Diogo, Jorge Nascimento, Newton Almeida e Geraldo Caboclo .














Newton Almeida 

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