quarta-feira, 6 de abril de 2011

Desmatamento : Amazônia : Cerrado : Ministério Meio Ambiente : INPE

         Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a ser publicada nos próximos dias, retira o município de Querência (MT) da lista dos maiores desmatadores da Amazônia. Em dois anos, o município conseguiu cumprir todos os critérios estabelecidos para deixar de fazer parte do arco do desmatamento. Em 2010, Paragominas, no Pará, foi o primeiro a deixar a lista.
           O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante coletiva para divulgar os últimos números do desmatamento na Amazônia e no bioma Cerrado. De acordo com a ministra, as duas localidades conseguiram realizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em pelo menos 80% de seu território e a média de desmatamento nos últimos dois anos foi igual ou menor que 60% em relação à média entre 2005 e 2008.
           De acordo com a ministra, o exemplo de Querência serve para ilustrar a queda do desmatamento em todo bioma amazônico. Os dados divulgados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, indicam que entre agosto de 2010 e fevereiro de 2011 foi registrada uma queda no desmatamento de 7,1% com relação ao mesmo período de 2009 e 2010.

         Cerrado - Dados do monitoramento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA), e Ibama, revelam que caiu quase pela metade a taxa média de desmatamento registrada no Cerrado no período 2008/2009. Os números registram que entre 2008 e 2009 foram desmatados 7.637 quilômetros quadrado de cerrado. No período anterior, a taxa média havia sido de 14.179 quilômetros quadrados.
      Entre os estados abrangidos pelo bioma Cerrado, Maranhão registrou a maior área desmatada. Foram retirados 2.338 quilômetros quadrados de Cerrado de uma área total de 212.092 quilômetros quadrados, totalizando 1,10% de área desmatada. Além do Maranhão, o oeste da Bahia e o estado do Piauí estão entre os recordistas em desmatamento de cerrado.
     Segundo Bráulio Dias, secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, entre as causas de redução do desmatamento no Cerrado estão a redução de investimentos, a atenção maior ao problema e ao lançamento do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), lançado em setembro de 2009.
     Além do Cerrado, o Sistema de Monitoramento por Satélite vem também acompanhando os biomas Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. O objetivo é quantificar desmatamentos de áreas com vegetação nativa e de embasar ações de fiscalização e combate a desmatamentos ilegais. As informações geradas vão ainda permitir calcular o volume de gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e alteração do solo no bioma.

                   Fonte :  Suelene Gusmão : Ministério Meio Ambiente
                   Fonte imagem :  IBGE         Newton Almeida

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