Mato Grosso : Projeto Soja Mais Verde : Reflorestamento : ONG The Nature Conservancy
Eu (Newton Almeida) assisti hoje (27 / 03 / 2011) ao Globo Rural sobre o Projeto Soja Mais Verde. Primeiramente quero dizer que o programa Globo Rural presta exelente serviço à agricultura brasileira e também às questões ambientais. Eu assisti muitas matérias sobre a problemática ambiental (desmatamentos, queimadas, alterações climáticas, seca na Amazônia, mortes de nascentes de rios, etc.) no Globo Rural.
O município de Lucas do Rio Verde implantou o Projeto Soja Mais Verde, sob consultoria técnica da ONG americana The Nature Conservancy , após denúncias do Greepeace sobre o excessivo desmatamento para plantio de soja. Com receio de receberem sanções comerciais internacionais, os produtores de soja de Lucas do Rio Verde decidiram recuperar as APPs ( áreas de preservação permanente, de acordo com o Código Florestal Lei 4771 / 65 ).
Os produtores mapearam todas as propriedades do município ( 100 % ), e iniciaram o reflorestamento das nascentes, veredas, matas ciliares .
O munícípio vizinho de Sorriso, o maior produtor de soja do Brasil, também aderiu ao Projeto Soja Mais Verde, e já tem 60% das propriedades mapeadas e iniciando o reflorestamento.
A demarcação das reservas legais não foi iniciada, pois todos estão aguardando as discussões no Congresso Nacional sobre alterações do Código Florestal brasileiro .
O programa mostrou o depoimento dos agricultores ( na grande maioria, imigrantes do sul do país) dizendo que foram para o Mato Grosso sob apelo do Governo Federal, atendendo a políticas de incentivos para a ocupação do centro-oeste e Amazônia legal, nas décadas de 1970 a 1980 . E depois de poucas décadas foram acusados de criminosos .
O fato é que o Código Florestal é de 1965, portanto desmataram sem atenção aos critérios legais vigentes. Mas é uma realidade de um país em desenvolvimento : o desrespeito às leis.
Gostei de ouvir a fala do agricultor Argilo Bedin :
" a água é a maior riqueza que temos, para mim, meus filhos, netos e para a humanidade . Portanto poder ajudar para termos mais água, para preservar a água, não tem preço, sinto muito orgulho em participar " !
Um técnico da The Nature Conservancy explicou que o custo para a recuperação de 1 hectare ( 10.000 metros quadrados) fica em R$ 5.000,oo , devido à necessidade da contratação de técnicos (engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, técnicos agrícolas, etc.) e manutenção das mudas plantadas.
A reportagem mostrou que um produtor rural, Everaldo Bastos, montou um viveiro de mudas nativas, em Sorriso, e vende em torno de 1 milhão de mudas ao ano .
Fonte das fotos : www.revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC611964-2454,00.html ;
Link para o vídeo do programa : g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/03/agricultores-aderem-ao-projeto-de-regularizacao-ambiental-em-mt.html Newton Almeida
1 Comentários:
Olá Newton,aqui quem fala é a equipe do Educorumbataí (www.educorumbatai.blogspot.com). Você tem razão, não é fácil combinar desenvolvimento agrário com preservação, mas é muito gratificante ver iniciativas que tentam fazer do Brasil um país melhor em todos os sentidos, tanto econômico quanto, e principalmente, ambiental. Nós estamos agora com uma viajem marcada para Brasília para rpotestar contra o novo código florestal, os alunos da USP de Piracicaba estão a todo vapor na luta contra os desmandos de nossos governantes, para que não se acabem as esperanças de fazer um mundo justo e ambientalmente correto. Veja depois em nosso blog a cobertura completa da viajem. É preciso Agir!
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