Ambientalista Assassinado : Palmiteiros : Caçadores
15/08/2013 - 17:25h - Atualizado em 15/08/2013 - 17:25h
» Sandra Hoffmann
Fonte Secretaria de Estado do Ambiente / RJ
" O sítio onde vivia o ambientalista espanhol Gonzalo Alonso, recentemente assassinado com
um tiro na cabeça no Município de Rio Claro, no Sul Fluminense, será transformado em um Quartel-General (QG) de órgãos ambientais para ações permanentes de combate aos crimes ambientais na região.
um tiro na cabeça no Município de Rio Claro, no Sul Fluminense, será transformado em um Quartel-General (QG) de órgãos ambientais para ações permanentes de combate aos crimes ambientais na região.
A decisão foi tomada hoje (15/8) após reunião entre o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a chefe da Polícia Civil, a delegada Martha Rocha, familiares da vítima e o representante do Consulado-Geral da Espanha no Rio de Janeiro.
O biólogo Gonzalo Alonso era um defensor da preservação do meio ambiente da região. Além de fazer o registro de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, Gonzalo participava, desde 2009, do Projeto Produtor de Água e Floresta, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que remunera produtores rurais pela conservação e restauração florestal.
Gonzalo Alonso era conhecido por sua ação incisiva contra caçadores, palmiteiros e contra todos aqueles que agiam de forma ilícita, degradando o meio ambiente. Segundo a polícia, a principal linha de investigação é que ele foi executado por sua forte atuação contra crimes ambientais na região.
Na reunião de hoje, a delegada Martha Rocha destacou que o caso está sendo apurado com rigor e que a Delegacia de Polícia de Rio Claro, que investiga o caso, tem todo o apoio técnico da Divisão de Homicídios (DH), da Diretoria da 5ª DPA (Região Sul Fluminense) e do Departamento-Geral de Polícia Especializada.
“Recebi telefonema da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que colocou o Ibama à disposição no que for necessário para nos auxiliar neste caso. Todos nós nos sentimos afetados por este crime porque calou uma pessoa que lutava por causas ambientais de nosso país. O caso será investigado com rigor”, disse ela.
Segundo o delegado titular da 168ª DP, de Rio Claro, Marco Antonio Alves, a polícia já tem indícios da autoria do crime, e de que foi praticado por mais de uma pessoa. Ainda de acordo com as investigações, o assassino não é profissional e conhecia muito bem a região.
O secretário Carlos Minc disse que vai se reunir com o coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges, para discutirem a possibilidade de uma parceria no caso:
“Nós pretendemos oferecer um prêmio a quem der pistas, através do Disque Denúncia, que levem à prisão dos assassinos. Além disso, a família colocou dois galpões onde funcionaria possivelmente uma Organização Não Governamental (ONG), uma ideia do Gonzalo, a nossa disposição para ser utilizado como espaço físico para apoiar ações contra crimes ambientais que vamos desencadear na região e outros fins. Seria uma forma de homenageá-lo”, destacou o secretário.
Também presente à reunião, o chefe da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da SEA, coronel José Maurício Padrone, destacou que, na próxima semana, pretende reunir agentes das polícias Militar e Civil, Ibama e Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para o planejamento das ações que serão desencadeadas na região.
“Vamos acabar com essa máfia de palmiteiros em Rio Claro e adjacências e reprimir, com rigor, os areais e a caça a animais silvestres. A operação será permanente”, avisou Padrone.
Viúva do ambientalista, Lourdes Campos também considerou a reunião produtiva e pediu que o caso seja solucionado: “A delegada Martha Rocha disse que, se em 30 dias não tiver uma resposta, e se a família quiser procurá-la novamente, as portas estão abertas. Então, espero que com todo esse apoio a justiça seja feita”.
Também participaram da reunião os irmãos da vítima Santiago e Alfonso Alonso, o representante do Consultado-Geral da Espanha no Rio de Janeiro, Carlos Población, os delegados da Delegacia de Rio Claro, Marco Antonio Alves, o diretor da 5ª DPA (Região Sul Fluminense), Ricardo Martins, e o diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, Fernando Reis.
Gonzalo Alonso Hernández era biólogo e residia no distrito de Lídice, de Rio Claro, no entorno do Parque Estadual do Cunhambebe. Desde 2009, participava do Projeto Produtor de Água e Floresta, cujo objetivo é implantar um sistema de Pagamento por Serviços Ambientais em Rio Claro, remunerando o produtor rural pela conservação e restauração florestal. "
Newton Almeida
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